Novas ações para aprimorar o projeto Guri

Informatização dos pólos e formação complementar constam das novas diretrizes

dom, 09/03/2008 - 11h24 | Do Portal do Governo

Depois da expansão contínua de pólos e alunos desde a sua fundação, em 1995, o Projeto Guri quer agora aprimorar algumas de suas estruturas. A criação de pólos-pilotos, a informatização das unidades, a formação complementar à sala de aula que deverá ser dada aos alunos e a capacitação dos profissionais do projeto estão entre as diretrizes a serem adotadas para se atingir esse propósito.

“Não se trata de mudar radicalmente o projeto. Em sua essência, continua o mesmo”, explica Alessandra Costa, diretora-executiva. “O que se quer é aperfeiçoar o que já existe, ou seja, trabalhar mais em termos verticais, de aprofundamento, do que horizontais, de expansão de pólos”.

Uma das ações para isso é a regionalização, por meio da criação de 13 pólos-piloto no Estado de São Paulo. De modo geral, corresponderão às regiões administrativas estaduais, mas não necessariamente às suas cidades-sede. Um dos critérios para essa escolha é a localização privilegiada. Como será um centro irradiador, o pólo-piloto deverá contar com boas estradas para se dirigir aos demais pólos e vice-versa.

Outros requisitos também são espaço adequado (para a realização de encontros e demais eventos) e oferta de profissionais qualificados na localidade em que está inserido. Regiões como Baixada Santista e Registro, por exemplo (que dispõem de poucos pólos) terão um único pólo-piloto. Já Sorocaba, que apresenta muitos pólos, terá mais de um.

A finalidade é que os pólos-piloto supervisionem os pólos ao redor, em vez de a tarefa ficar a cargo da sede (na capital), como ocorre atualmente. Os profissionais não mais precisarão se dirigir a São Paulo para passar por capacitação – tudo será feito em nível regional. Além disso, métodos de estudo, partituras e demais recursos musicais sairão dos pólos-piloto em direção aos pólos ao redor.

Aulas-espetáculo – Outra ação visando à reestruturação do Projeto Guri é a informatização dos pólos. Como são administrados em parceria com prefeituras e entidades, muitos não dispõem de computadores, acesso à Internet, o que dificulta a troca de informações, principalmente com a sede. Por isso, a intenção é constituir um sistema integrado de gestão. Por meio dele, ficará mais fácil, por exemplo, obter dados numéricos e opiniões mais precisas de alunos e familiares.

O Projeto Guri realiza pesquisa de avaliação – embora sem regularidade anual – com alunos, pais e profissionais que participam do projeto. Contudo, é feita por amostragem e fornece dados muito abrangentes. Não permite mensurar, com precisão, os benefícios proporcionados aos alunos, como a melhoria no desempenho escolar, comportamento e socialização. A próxima pesquisa deverá ocorrer no segundo semestre. Os parâmetros ainda serão estabelecidos, mas o objetivo, desta vez, é conhecer melhor o perfil dos alunos e aprofundar a avaliação sobre aspectos e conhecimentos musicais.

Com o intuito de aprimorar o Projeto Guri, também está prevista a capacitação dos seus profissionais e a formação complementar à sala de aula para os alunos. Essa última ação se dará por meio de um circuito de aulas-espetáculos, parcerias com programas de difusão cultural (não só do governo estadual, mas de prefeituras e instituições como Sesi e Sesc) e organização de um acervo de CDs, DVDs e livros em cada um dos pólos, para ser utilizado por alunos e familiares. As aulas-espetáculo serão, ao mesmo tempo, espetáculos e aulas, a serem apresentados nos 13 pólos-piloto por artistas com grande experiência musical.

Outro alvo do Projeto Guri é o estabelecimento de uma rede de parcerias – compreendendo o programa de geração de renda, as redes públicas de ensino e saúde, entre outros – para ampliar o atendimento social do projeto. A idéia é que o aluno seja atendido de forma ampla.

Paulo Henrique Andrade

Da Agência Imprensa Oficial