“Antes nós demorávamos de 15 a 30 dias para fazer análise de uma amostra, agora em 30 minutos a gente consegue vasculhar 300 substâncias”, afirma o perito criminal José Luiz da Costa, ressaltando a capacidade da nova máquina adquirida há três semanas pelo Instituto de Criminalística do Estado de São Paulo (IC). Além de permitir a elaboração de laudos sobre drogas e medicamentos com maior rapidez, o novo sistema LCMSMS analisa as amostras com maior riqueza de detalhes, ajudando, dessa forma, a Polícia Civil a elucidar crimes em um espaço menor de tempo.
O novo equipamento, que irá contribuir também com o trabalho do IML (Instituto Médico Legal), tem como função principal analisar entorpecentes, remédios com suspeita de adulteração, praguicidas, em casos de envenenamento do solo ou água, e ainda substâncias que possam estar no sangue ou urina.
O equipamento é dividido em dois módulos: no primeiro, os materiais são separados por partes, no segundo (o espectrômetro de massas), cada molécula é quebrada e pesada, e são retirados maiores detalhes da substância. “Essa máquina tem uma sensibilidade muito grande e consegue detectar quantidades minúsculas com apenas um resquício em um copo, por exemplo”, ressalta José Luiz.
O treinamento dos peritos para o uso do equipamento começou no dia 3 de dezembro e será encerrado nesta semana. Os 10 peritos foram divididos em duas turmas que estão aprendendo a utilizar a máquina no Laboratório de Análises Instrumentais do IC. Segundo o instrutor do grupo, Hélio Martins, a capacitação é essencial para uma boa utilização do aparelho. “O treinamento é fundamental para capacitar o grupo de peritos a trabalhar bem e extrair o maior número possível de informações”, diz Martins. “É importante saber operar direito o aparelho para conseguir resultados confiáveis”, ressalta também a perita Camila Guedes.
Maria Fernanda Teperdgian
Da Secretaria Estadual de Segurança Pública
(M.S.)