A Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos foi informada pela Agência Nacional das Águas (ANA), na manhã desta sexta-feira (15), por meio de uma teleconferência, que o Operador Nacional do Sistema (ONS) determinou que a vazão do reservatório de Barra Bonita foi aumentada de 2.000 m3/s para 2.800 m3/s pela AES Tietê, concessionária privada que faz a gestão do sistema. O aumento no volume liberado, determinado pelo ONS, poderá provocar inundações em cidades da região.
A barragem é operada pela concessionária AES Tietê que atende às determinações do ONS em relação ao volume de água a ser utilizado para geração de energia hidroelétrica ou armazenado no reservatório. O gestor do setor elétrico, por sua vez, articula todos os despachos de água com a ANA, a quem compete “definir e fiscalizar as condições de operação de reservatórios por agentes públicos e privados, visando a garantir o uso múltiplo dos recursos hídricos” (Lei Federal 9.984, art. 4º, inciso XII). Tanto a ANA quanto o ONS são agências federais.
O reservatório foi mantido com volume armazenado superior ao limite de segurança. Com as chuvas dos últimos dias, a situação ficou insustentável. Agora, a solução definida pelas duas agências federais, para evitar o rompimento da barragem, é liberar mais água no rio Tietê, o que poderá causar impacto no córrego de Barra Bonita.
Em nota publicada em seu site oficial, a AES Tietê informou que “aumentará a vazão de água de 2.000 m3/s para 2.800 m3/s”, em operação “planejada entre AES Tietê e o Operador Nacional do Sistema (ONS), responsável por todos os reservatórios do país”. Ainda segundo a concessionária, “com esta manobra, pode haver aumento do nível do córrego de Barra Bonita”, afetando comércios perto do rio, bem como o teleférico da cidade e o parque de Igaraçu do Tietê.
A íntegra da nota: http://www.aestiete.com.br/noticias/Paginas/noticia-detalhada.aspx?nid=827#conteudo
De forma preventiva, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil acionou na tarde desta sexta-feira (15) prefeitos das cidades de Barra Bonita, Igaraçu do Tietê, Macatuba, Pederneiras, Itapuí, Boraceia, Bariri, Arealva e Itaju. Além disso, a Defesa Civil do Estado também fez contato com a Polícia Militar Ambiental, bem como com o Corpo de Bombeiros e defesas civis municipais, para dar suporte caso haja necessidade de remoção de famílias ribeirinhas. A Defesa Civil do Estado vai coordenar todo o trabalho de orientação e suporte às famílias atingidas.
Da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos
