No encontro entre Serra e Cabral, também se falou de Copa 2014

Os dois governadores torcem para que São Paulo acolha a abertura do campeonato e o Rio fique com a final

qui, 30/08/2007 - 16h46 | Do Portal do Governo

Ainda faltam dois meses para saber se o Brasil vai mesmo sediar a Copa de 2014, mas os governadores de São Paulo, José Serra, e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, já colocaram outra candidatura em campo: a abertura do campeonato deve ficar em São Paulo e a final no Rio.

Serra expôs a idéia na quarta-feira, 29, ao receber os inspetores da Federação Internacional de Futebol (Fifa). Na Capital, eles avaliaram as condições do Estádio do Morumbi, de hospitais e do transporte coletivo, entre outros. No dia 30 de outubro a Fifa divulga o nome do país escolhido para sediar a Copa.

Nesta quinta, ao receber o governador Cabral para a assinatura do protocolo para implantação de um trem de alta velocidade entre as capitais dos dois Estados, Serra voltou ao tema. “Para nós, será motivo de muita satisfação, muito contentamento, que o Rio possa sediar a final da Copa, além de etapas intermediárias”, reiterou o governador José Serra no Palácio dos Bandeirantes.

“Rio de Janeiro e São Paulo são cidades complementares”, observou Serra. “Se não tivesse que morar em São Paulo, a cidade que escolheria para viver seria o Rio de Janeiro. Não estou dizendo isso porque o governador está aqui, digo isso há muitos anos”, contou o governador paulista.

Final histórica

Para o governador Cabral, trata-se de “mais uma boa dobradinha entre o estado de São Paulo e o do Rio de Janeiro”. E arrematou: “Estou completamente de acordo”. Sérgio Cabral também concordou com Serra que fazer a final no Rio é uma questão histórica: afinal foi lá, no Maracanã, que o Brasil perdeu a Copa de 1950 para o Uruguai, com o placar de 2 a 1.  “Temos de lavar a alma e recuperar essa dívida de 1950”, disse Cabral.

Na época, José Serra tinha oito anos e ouviu a partida pelo rádio. “Quando o Brasil marcou 1 a zero, eu estava tão nervoso que sai para não ouvir a irradiação do resto. Infelizmente foi aquele resultado, aquela decepção”, disse Serra, que também espera “lavar a alma” em 2014.

Manoel Schlindwein

(I.P.)