As manhãs de domingo no Parque da Juventude, na zona norte da capital, ganharam nova atração. Estão programados para este mês shows musicais, a partir das 11 horas, com entrada franca. No dia 23, o público poderá conferir o espetáculo da banda Ilu Oba de Min. O bloco, formado por 30 mulheres ritmistas que tocam ilus, alfaias, agogôs, djembes e xequerês, acompanhadas por cantoras e dança afro-religiosa, levará para as alamedas do Parque da Juventude as tradições das culturas de matrizes africanas e afro-brasileiras. Os shows complementam a programação do Viver no Parque, que oferece, todos os fins de semana, 1,2 mil vagas gratuitas nas oficinas de Contadores de Histórias, Noções de Jardinagem, Recreação Circense, Vem Dançar e Arte Sucata.
Conquista de público
Nos primeiros três meses de sua criação, o Viver no Parque atendeu 20 mil pessoas e conquistou os moradores de diversos bairros da zona norte. Na opinião da farmacêutica Marize Gouveia, o sucesso do projeto está na qualidade dos profissionais participantes. Moradora do bairro de Santana, Marize foi ao parque com seu pai, Mário Gouveia, e a mãe, Nair Fernandes Gouveia, para conhecer as oficinas. Seu Mário, de 77 anos, portador do mal de Alzheimer, ao ver a oficina de dança de salão não resistiu e pediu para bailar com a esposa. “Papai ficou tão feliz quando viu as pessoas aprendendo a dançar que também quis participar. Aqui, em contato com a música, a dança e a arte, ele revive emoções”, diz Marize.
Amanda Pacheco Mello, 19 anos, residente do Jardim Brasil, considera o projeto “maravilhoso”. “Faço aula de circo e depois levo minha filha para participar da oficina de contador de histórias. Espero que continue. A região precisa de bons projetos como este”, afirma Amanda. A jovem freqüenta as aulas de recreação circense desde janeiro.
Área valorizada
O projeto revitalizou a região e contribuiu para o comércio local. Para o proprietário do restaurante Cara Nova, Nelson de Carvalho, “aqui era uma área abandonada, na qual os ratos passeavam livremente. Hoje tudo mudou. O Viver no Parque trouxe cultura, segurança e limpeza para o local. O público tem adorado e comparecido. O estacionamento está sempre lotado e o movimento do comércio até aumentou. Hoje, o público vem para o parque e depois vai almoçar no meu restaurante”.
SERVIÇO
Projeto Viver no Parque
Sábado e domingo, das 9 às 12 horas e das 14 às 17 horas
Cinco oficinas de lazer e cultura: 60 vagas em cada uma e em cada turno
Inscrições gratuitas 30 minutos antes do início das aulas
Av. Zaki Narchi, 1.300, Santana – Metrô Carandiru – Entrada franca
Sites www.sejel.sp.gov.br e www.assaoc.org.br
Da Agência Imprensa Oficial
