O espaço que conta a história do esporte mais popular do país, o Museu do Futebol, atravessou fronteiras e chegou ao noticiário europeu. No último dia 23, o museu foi tema de matéria do jornal francês Le Libération, que destaca a idéia de narrar a história do país pelo futebol, sem cair nas armadilhas do intelectualismo nem do populismo esportivo.
A reportagem conversou com o curador do Museu de Futebol, Leonel Kaz, e descobriu, por exemplo, a saga para conseguir imagens da Copa do Mundo de 1950, marcada pela derrota da seleção brasileira para o Uruguai, na final, disputada no Rio de Janeiro. As imagens do jogo foram destruídas no Brasil e a curadoria do museu precisou recorrer à Cinemateca Nacional do Uruguai para recuperá-las.
Inaugurado em setembro deste ano pelo Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de São Paulo e a Fundação Roberto Marinho, o espaço entrou rapidamente no roteiro turístico de São Paulo. O Museu do Futebol recebe cerca de 1.000 pessoas diariamente. Desde a inauguração, contabiliza mais de 80.000 visitantes. O jornal francês destaca que o museu tornou-se o destino favorito dos estudantes.
Localizado no avesso das arquibancadas, na entrada principal do Estádio do Pacaembu, o Museu do Futebol ocupa uma área de 6,9 mil metros quadrados e conta a história de um esporte que nasceu inglês, de elite e branco, mas que por aqui ganhou novos traços e se tornou popular e mestiço, como a própria cultura brasileira.
Cíntia Cury