Museu da Casa Brasileira abre nova exposição

A partir do dia 15, "Pinhal do Alheamento" mostra fazenda do inicio do século 19

qui, 03/05/2007 - 20h32 | Do Portal do Governo

O Museu da Casa Brasileira, da Secretaria de Estado da Cultura, abre a exposição Pinhal do Alheamento no dia 15 de maio, às 19h, com vídeo instalação e fotos de uma fazenda fundada na primeira metade do século 19, no interior de São Paulo.

Com curadoria de Helena Carvalhosa, a mostra traz fotos que retratam a Fazenda Pinhal em diferentes períodos e sua transformação através dos tempos. Patrimônio histórico nacional, tombado pelo Ministério da Cultura em 1987, deu origem à cidade de São Carlos, anteriormente São Carlos do Pinhal. As fotos são de autoria de G. Gaensly, de 1910, Thomas Farkas, Helga Ancona, Bruno Weis, Mario Moreira Leite, André Penteado, entre outros.

A fazenda tem um pomar plantado em 1880 pela condessa do Pinhal, inspirado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que é tema de um vídeo instalação de autoria de Helena Carvalhosa, bisneta da condessa, e Inês Cardoso. O vídeo revela a beleza de um jardim frutífero, onde natureza e história se juntam: árvores centenárias, musgos, caminhos de água, presenças atemporais de pessoas que percorreram este caminho.

Obra do homem que se fez pomar, parque, jardim. O imenso e maravilhoso pomar, irrigado por caminhos d’água, é um verdadeiro parque com ruas de musgo, bambus-gigantes e palmeiras imperiais. As alamedas de jabuticabeiras e mangueiras impressionam pela beleza e grandeza.

O conjunto da  Fazenda Pinhal compreende a casa grande, os terreiros, a tulha, o pomar, a antiga senzala, pastos, plantações, dois ribeirões e mata nativa. O conjunto arquitetônico representativo do segundo ciclo do café (1850) integra-se em uma exuberante natureza e paisagismo. A casa grande impõe-se pela sobriedade e amplidão de suas salas, alcovas, quartos e capela. É um sólido casarão de taipa de pilão e taipa de mão firmemente assentado no solo, cuidado há oito gerações pela mesma família para preservar este raríssimo marco da arquitetura colonial do início de século XIX, contendo todo acervo de época. Em 6 de dezembro de 1831, Carlos José Botelho, o Botelhão, pai do conde do Pinhal, fez demarcar as terras do Pinhal, constrói a casa grande e inicia, no final da década, a primeira plantação de café. 

Os enormes terreiros de café onde escravos e colonos trabalharam, ficam entre a casa grande e a senzala. É um portal no qual a história do Brasil se reflete, criando a possibilidade mágica de se transportar para o tempo dos carros de boi e carruagens, quando a fazenda vivia o auge da época do café. O nome dado à fazenda Pinhal é uma clara referência à abundante vegetação de araucárias do local. Antes habitada por indígenas da nação goianá, (foram encontradas nas proximidades da Fazenda Pinhal vestígios de cemitério e objetos, indicando aldeia destes nativos), a região permaneceu indevassada nos séculos do bandeirismo porque a penetração para o interior se fazia por caminhos mais fáceis.

A Fazenda Pinhal está aberta à visitação pública, inclusive com monitoria.  Informações pelo site www.fazendapinhal.com.br.

Serviço:

Visitação: de 16 de maio a 17 de junho, de terça a domingo, das 10h às 18h

Site: www.mcb.sp.gov.br

Local: Museu da Casa Brasileira – Av. Faria Lima, 2705 – Tel. 11 3032-3727  –

Jardim Paulistano –  São Paulo

Ingresso: R$ 4,00 – Estudantes: R$ 2,00 – Domingo sempre gratuito

Acesso a portadores de deficiência física.

Da Assessoria de Imprensa do Museu da Casa Brasileira

(R.A.)