Mulheres respondem por 75% dos casos de DST em São Paulo

Faixa etária predominante é de 20 a 34 anos, aponta estudo da Secretaria da Saúde

qua, 19/11/2008 - 15h06 | Do Portal do Governo

O diagnóstico de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) em mulheres é muito mais comum que em homens no Estado de São Paulo. É o que aponta balanço da Secretaria da Saúde com base nos casos notificados pelos municípios paulistas entre 1998 e junho de 2008.

Dos 97.554 casos de DST (excluindo-se Aids) registrados nesse período, 74,6% foram em mulheres, e 24,4%, em homens. A faixa etária predominante para ambos os sexos foi de 20 a 34 anos, que respondeu por 50,5% das infecções. Em seguida vieram as pessoas de 35 a 49 anos, com 25,1% dos casos. A faixa etária de 15 a 19 anos respondeu por 14,4% do total.

“O maior número de diagnóstico de DST no sexo feminino se explica porque normalmente as mulheres procuram mais os médicos nos postos de saúde. Os homens também estão expostos aos riscos quando fazem sexo sem proteção, mas geralmente não buscam atendimento e podem continuar infectando outras pessoas”, alerta Maria Clara Gianna, diretora do Programa Estadual de DST/Aids.

Entre os homens o problema mais freqüente foram as verrugas anais e genitais causadas pelo HPV (papiloma vírus humano), que responderam por 44,8% dos casos, seguido pela síndrome do corrimento uretral, com 22,1% e pela sífilis latente, com 19,6%. Já entre as mulheres 61,9% dos casos se referiram à síndrome do corrimento cervical (que atingem vagina parte do útero). Outros 23,5% eram síndrome da úlcera genital e 9,5%, sífilis latente.

Em 2007 foram notificados 18.717 casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis no Estado, número que representou estabilidade em relação ao ano anterior, quando houve 18.723 registros, mas superior a 2005, com 16.282 casos, e 2004, com 14.695. “Os dados mostram que os serviços de saúde estão se preocupando cada vez mais em diagnosticar, notificar e tratar as DST. De qualquer maneira é importante ressaltar que a prevenção dessas doenças só é possível com o uso da camisinha”, diz Maria Clara.

Da Secretaria da Saúde