Movimento de caminhões no Rodoanel já é maior que na Anchieta e Anhanguera

Balanço de dois meses de funcionamento do Trecho Sul do Rodoanel registra quase três milhões de veículos; em dias úteis, o movimento de veículos pesados chega a 40%

ter, 01/06/2010 - 9h16 | Do Portal do Governo

Desde a abertura ao tráfego, em 1º de abril, já circularam pelos 61,4 quilômetros do Trecho Sul do Rodoanel quase três milhões de veículos sendo, em média, 65% leves e 35% pesados. O percentual de veículos pesados, se for considerado apenas os dias úteis, chega a 40%. Esse movimento de caminhões já ultrapassa o de importantes rodovias, como o trecho entre São Paulo e Cordeirópolis (163 quilômetros) da rodovia Anhanguera, onde 31% do tráfego são de caminhões e ônibus e toda a extensão da Anchieta, onde 25,7% do tráfego são de veículos pesados. Está a frente também da Raposo Tavares, de Araçoiaba da Serra a Itapetininga (51 quilômetros), onde 34,3% do tráfego são de veículos pesados, ou a Castello Branco, no trecho entre Itu e Tatuí (65 quilômetros), com 30,7%.

A utilização do Rodoanel pelos caminhões confirma que um dos principais objetivos do anel viário é proporcionar um fluxo rápido e seguro no escoamento da produção entre o interior e o litoral. A grande procura dos motoristas pela nova via garante o sucesso já comprovado com o impacto positivo no trânsito urbano dos grandes corredores da capital paulista, outro objetivo do Rodoanel. Sem dúvida, o tráfego na capital paulista melhorou. Levantamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) constatou, em abril, um aumento da fluidez do trânsito de 42% na avenida dos Bandeirantes em relação à março e de 34% na marginal do rio Pinheiros. Aliás, no período da tarde, houve uma queda de 51% no número de caminhões na Bandeirantes e 33% na Pinheiros. A CET constatou também, em abril, uma queda de 28% da lentidão do tráfego em toda a capital paulista.

A melhora no trânsito provocou também uma redução na poluição. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) registrou queda de cerca de 20% no número de partículas inaláveis (fuligem) em maio de 2010 em relação a maio de 2009. Neste ano, foram 35 microgramas em 2010 contra 44 microgramas em 2009.

O Trecho Sul, que consumiu R$ 5 bilhões de investimentos, foi concluído no final de março deste ano e liberado para operação em 1º de abril. Junto com o trecho Oeste, em operação desde 2002, interliga sete das dez principais rodovias de acesso a São Paulo: Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castello Branco, Anhanguera, Bandeirantes, Anchieta e Imigrantes. O anel viário permite ordenar o tráfego das cargas provenientes do Sul do país com destino ao Mato Grosso do Sul e as do Centro-Oeste para o Porto de Santos e facilita o fluxo de deslocamento das zonas norte e sul da capital paulista.

Com a conclusão dos trechos Leste – próximo da fase de licitação para construção – e o Norte, em elaboração de projeto para licenciamento ambiental, interligando as vias Dutra e Fernão Dias serão 177 quilômetros de rodovia com padrão internacional integrando o transporte de todo o País.

Da Secretaria dos Transportes