Morreu na manhã desta sexta-feira, 11, no hospital Santa Catarina, em São Paulo, o jornalista Murilo Felisberto, que estava com câncer. Na década de 60, ele foi chamado por Mino Carta para montar a equipe de um novo jornal da família Mesquita. Percorreu as redações de diversos jornais de Belo Horizonte à caça de talentos. Semanas depois, chegava às bancas paulistanas o Jornal da Tarde, um veículo ousado.
Sob a liderança de Murilo Felisberto, o Jornal da Tarde transformou-se numa referência do bom jornalismo brasileiro dos anos 60 e 70. Ele formou a primeira escola brasileira da reportagem moderna, que unia o esforço por uma informação confiável a uma preocupação com a clareza do texto. Adorava a originalidade com resultados. Fez uma revolução na diagramação, que passou a inventar possibilidades que pareciam impossíveis. O jornalismo brasileiro deu um salto de qualidade indiscutível nas últimas décadas — e Murilo foi um dos pioneiros deste progresso.
O corpo será velado no Hospital Beneficência Portuguesa, das 19h de hoje às 8 de amanhã. Depois será cremado no Crematório Municipal Dr. Jayme Augusto Lopes, em Vila Alpina, zona Leste da Capital.