Com cerca de 25 profissionais, a ONG Cosmética, Beleza e Cidadania foi para a tenda da PM preparada para atender cerca de 600 pessoas ao longo do dia. “É um trabalho gratificante. Trazemos auto-estima para a população carente”, afirmou a vice-presidente da entidade, Elisabete Silva.
A dona de casa Maria Madalena Ribeiro, de 39 anos, e os três filhos aproveitaram a oportunidade. Ela pintou as unhas, os dois meninos tiveram os cabelos cortados e a pequena Giovana, de 3 anos, teve os cabelos trançados e ganhou maquiagem. “Adorei. Tomara que se repita. Aqui, todo mundo é muito carente. Imagine se eu fosse fazer tudo isso num salão, quanto gastaria? Foi uma boa economia”, comemorou a dona de casa.
Maria Madalena só tem elogios para a ação da Polícia Militar na região. “A polícia trouxe mais segurança para cá. E as crianças têm diversão. No fim de semana passado, as crianças ganharam pipas. Parece que agora vai ter cinema também”, comentou. Ela espera com ansiedade a chegada do Poupatempo Móvel na praça para tirar o RG da criançada.
A previsão é que o caminhão fique estacionado por lá durante 15 dias, a partir do dia 4 de agosto. “A infra-estrutura já está toda pronta para receber o caminhão do Poupatempo”, comentou o tenente coronel Flávio Depieri.
Ele informou ainda que a população terá, de 4 a 8 de agosto, uma unidade itinerante do Juizado Especial Cível, para solucionar questões judiciais mais simples, como ações que envolvam valores de até 20 salários mínimos, direitos do consumidor, planos de saúde, colisão de veículos, cobranças, despejo para uso próprio e execução de títulos (cheques e promissórias), entre outros.
Fim dos roubos às casas
Como Maria Madalena, Maria Devacir Rodrigues, de 43 anos, também é dona de casa, tem três filhos e aproveitou para deixar a família mais bonita sem gastar dinheiro, com corte de cabelo, manicure e tranças. No dia 28, ela volta para a praça. Desta vez, com a filha que vai passar em consulta no dentista.
Para Maria Devacir, porém, o que a Polícia levou de mais importante foi a tranqüilidade. “Os assaltos e roubos de casa, que eram frequentes, pararam”, disse aliviada. Isso porque a casa dela já havia sido alvo de bandidos. “Com a chegada da polícia, temos uma segurança a mais”, garantiu ela, que vive há sete anos no bairro.
Cíntia Cury
(I.P.)
