Mônica Salmaso é a convidada do grupo Pau Brasil na série Raízes Culturais de setembro

Apresentação acontece na sexta-feira, (21), às 20h30, no Memorial

seg, 10/09/2007 - 12h34 | Do Portal do Governo

Mônica Salmaso comparece  ao palco do Memorial da América Latina dentro da série Raízes Culturais, como convidada do Pau Brasil para o mês de setembro (dia 21, às 20h30). O show, Noites de Gala, Samba na Rua, só com músicas de Chico Buarque,  tem a participação efetiva  do grupo Pau Brasil, formado por Nelson Ayres (piano), Paulo Bellinati (violão e cavaquinho), Teco Cardoso (sax e flauta), Ricardo Mosca (bateria e percussão) e Rodolfo Stroeter (baixo e produção do álbum).  

A química entre a voz precisa de Mônica, a sonoridade jazzística do Pau Brasil e as canções de Chico Buarque perpassa quatro décadas de criação do maior compositor brasileiro e resulta num concerto instigante, de releituras ágeis que por vezes passam pela desconstrução da própria construção de Chico. Compositor cultuado por Mônica desde o início de sua carreira, Chico Buarque convidou a cantora para participar de seu mais recente CD, “Carioca”, com quem dividiu os vocais em “Imagina”.  

Mônica dedicou um show inteiro ao mestre, na Biblioteca Nacional, no Rio, durante as comemorações dos 60 anos de Chico, em 2004. A partir daí, delineou cuidadosamente um repertório que contempla diversas fases do autor. Do Chico inicial, tratado como herdeiro de Noel Rosa na prolífica década de 60, Mônica selecionou quatro faixas. Os sambas “Quem te viu, quem te vê” (de cujos versos foi retirado o título do álbum) e “Logo eu” (com os contrapontos do sax de Teco Cardoso ao estilo de Pixinguinha); o clássico “Morena dos olhos d´água” e o raro e irresistível maxixe “Bom tempo”.  

Da década de 70, período em que as canções de Chico Buarque tornaram-se emblemas contra a ditadura estão “Construção” (aqui flertando com a música contemporânea), “Partido Alto”, “Basta um dia” (da peça “Gota D´água”) e “Olha Maria”, parceria de Chico com Tom e Vinicius. Nos anos 80, quando Chico incorporou definitivamente a condição de unanimidade nacional, entram “A volta do malandro” (feita para o filme “Ópera do Malandro”, de Ruy Guerra); “Beatriz” e “Ciranda da bailarina” (parcerias com Edu Lobo para “O grande circo místico”); “O velho Francisco” e “Suburbano coração”. “Você, você” (parceria com Guinga) é a faixa da sofisticada maturidade de Chico, a partir dos anos 90, selecionada para este álbum.  

Mesmo tendo ligação forte com o Pau Brasil, é a primeira vez que Mônica canta acompanhada por todos eles. Ela conta: “Com Paulo Bellinati, gravei meu primeiro CD, Afro Sambas. Rodolfo Stroeter é o produtor dos meus discos desde Trampolim, de 1998, relançado pela Biscoito Fino em 2006. O Teco Cardoso, com quem hoje eu sou casada, trabalha comigo desde 1998 em discos e projetos, como a Orquestra Popular de Câmara. Ricardo Mosca eu conheço desde 1990, quando comecei a cantar. E com o Nelson Ayres trabalhei pela primeira vez em 1993, quando ele me convidou para participar de uma edição de O Grande Circo Místico”, explica.

A escolha do repertório do novo CD foi feita em conjunto. A intenção era criar um disco em que a voz da cantora e a sonoridade do Pau Brasil estivessem perfeitamente integradas. De uma lista de 60 composições de Chico chegaram a 14, escolhidas conforme os arranjos iam se delineando. E o Chico, gostou? “Chico recebeu uma cópia do CD ainda antes da mixagem. Ele telefonou pessoalmente pro Rodolfo e pra mim, dizendo que ficou muito emocionado”, reverencia Mônica, cabrocha de alta classe em noites de gala e samba na rua.

 Serviço:
Série Raízes Culturais: Pau Brasil e Monica Salmaso
Data: 21 de setembro, sexta-feira
Horário: 20h30
Fundação Memorial da América Latina
Av. Auro soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda (ao lado do metrô Barra Funda)
Auditório Simón Bolívar (portão 12 ou 14 – estacionamento pago)
Ingressos R$ 10,00 e R$ 5,00
(bilheteria: dia 20, das 14 às 19h, e dia 21, a partir das 14h).
Telefone: (11) 3823-4600

Da Fundação Memorial da América Latina

(S.M.)