O governador Cláudio Lembo recebeu, em almoço, hoje (22/11), no Palácio dos Bandeirantes, uma delegação da Bélgica comandada pelo ministro das Relações Exteriores, Karel de Gucht.
Um dos principais temas abordados durante o encontro foi a relação comercial entre a Bélgica e o Estado paulista. O governador Lembo ressaltou, entre outros possíveis produtos estaduais para exportação, a importância da produção do etanol existente em São Paulo.
O etanol é um tipo de álcool incolor e solúvel na água. É derivado da cana de açúcar e largamente utilizado pela indústria automotiva brasileira em adição à gasolina. Uma das principais qualidades dessa substância é a baixa emissão de poluentes no meio ambiente.
Algumas das principais empresas belgas têm sede em São Paulo. Entre elas destacam-se, a Parafix, Solvay do Brasil, Agfa Gevaert, Ambev e Fademac.
A Bélgica está em 17º lugar entre os países que anunciaram investimentos em São Paulo, no período que vai de 1996 a 2005; é o 19º país de origem das importações paulistas; e 10º lugar no destino das exportações de São Paulo. Em 2005, foram exportados para lá US$ 2,8 bilhões e houve US$ 719 milhões em importações. Ou seja, São Paulo teve um superávit de US$ 2 bilhões.
Veículos, reatores nucleares, hortaliças e produtos químicos são algumas das principais exportações paulistas. Em contrapartida, a Bélgica importou, entre outros, aeronaves, plásticos e produtos farmacêuticos.
A delegação belga chegou ao Brasil, vinda de Buenos Aires, na última segunda-feira 20/11. Eles foram recepcionados, em Brasília, pelo chanceler Celso Amorim, em uma recepção, e de lá vieram para a capital paulista.
Ainda durante o encontro com o governador, a atual política da União Européia foi comentada entre Lembo e Gucht. Bruxelas, capital da Bélgica, é a sede da U.E e Otan.
Além do ministro Gucht, integravam a delegação belga o chefe de gabinete do ministério de negócios, Dirk Achten, o chefe de gabinete adjunto, Jean Luc Bodson, o chefe de gabinete-adjunto, Christian van Drissche, o embaixador, Johan Ballegeer, e o cônsul-geral da Bélgica, Mark Frank.