Metrô tem telefones públicos para pessoas com deficiência

Estações serão acessíveis aos usuários com deficiência ou mobilidade reduzida até 2010

qua, 10/06/2009 - 14h00 | Do Portal do Governo

Todas as estações do Metrô agora contam com telefones públicos para pessoas com deficiência auditiva ou que utilizam cadeira de rodas. São 49 equipamentos conhecidos como telefone para deficiente auditivo (TDA) e 49 telefones em altura adequada para pessoas em cadeira de rodas ou com baixa estatura. 

A iniciativa faz parte das ações de acessibilidade do Metrô, incluídas no Plano de Expansão da Secretaria dos Transportes Metropolitanos. Esse plano prevê que todas as estações serão acessíveis às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida até 2010.

No total, há 154 novos telefones instalados nas áreas pagas das estações. Isso porque, além dos telefones acessíveis e atendendo uma antiga reivindicação dos usuários, o Metrô instalou 56 aparelhos padrão, que foram distribuídos pelas quatro linhas metroviárias.

Telefone especial

Os telefones para surdos têm uma tecnologia particular de operação: é necessário que um teclado esteja acoplado a um telefone padrão para completar as ligações. O telefone especial permite às pessoas com deficiência auditiva transmitir e receber informações por meio de mensagens de texto, que são digitadas em um teclado alfanumérico e visualizadas em uma tela. A transferência de dados acontece em tempo real, semelhante ao que ocorre com os e-mails. A vantagem desse sistema é que todas as mensagens são enviadas por linha telefônica comum.

O usuário poderá comunicar-se por meio de uma ligação direta, seja com pessoas que também possuam o equipamento ou com empresas que tenham implementado centrais de atendimento aos surdos como bancos, companhias aéreas, empresas de alimentação e outros. 

Ele também pode se comunicar com outro telefone fixo ou celular. Neste caso, o usuário contará com auxílio de uma pessoa treinada para atendê-lo, por meio da Central de Intermediação Surdo Ouvinte (CISO). Para isso, basta discar para o número 142. A telefonista recebe a chamada e, por meio de um equipamento especial para intermediar a ligação, entra em contato com o ouvinte para dar início à transmissão da mensagem. Primeiro, a atendente da Central visualiza as mensagens no visor e as lê para o ouvinte. A resposta do ouvinte é digitada pela atendente e enviada imediatamente para o visor do Telefone para Surdos.

Na CPTM

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também tem telefones para surdos em 59 estações. Eles estão distribuídos nas seis linhas do sistema:

Linha 7 – Rubi: Luz, Palmeiras/Barra Funda, Água Branca, Lapa, Piqueri, Pirituba, Vila Clarice, Jaraguá, Francisco Morato e Jundiaí 

Linha 8 – Diamante: Lapa, Presidente Altino, Comandante Sampaio

Linha 9 – Esmeralda: Grajaú, Primavera – Interlagos, Autódromo, Jurubatuba, Santo Amaro, Granja Julieta, Morumbi, Berrini, Vila Olímpia, Cidade Jardim, Hebraica – Rebouças, Pinheiros, Cidade Universitária, Villa Lobos – Jaguaré, Ceasa e Osasco

Linha 10 – Turquesa: Mooca, Ipiranga, Tamanduateí, São Caetano, Prefeito Saladino, Pref. Celso Daniel – Santo André, Mauá e Rio Grande da Serra

Linha 11 – Coral: Tatuapé, Corinthians-Itaquera, Guaianazes, Antônio Gianetti Neto, Poá, Suzano, Jundiapeba, Brás Cubas, Mogi das Cruzes, Estudantes

Linha 12 – Safira: Brás Engenheiro Goulart, USP Leste, Comendador Ermelino, São Miguel Paulista, Jardim Helena – Vila Mara, Itaim Paulista, Jardim Romano, Eng° Manoel Feio, Itaquaquecetuba, Aracaré e Calmon Viana

Planos do Metrô na área de acessibilidade 

O Metrô investe cerca de R$ 90 milhões para implementar melhorias nas estações, especialmente na Linha 1-Azul – a mais antiga da rede metroviária. O objetivo é garantir mais conforto, segurança e autonomia às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. 

Até 2010, o Metrô implantará uma série de melhorias que incluem instalação de elevadores e plataformas elevatórias em todas as estações, acessos sinalizados e livres de barreiras, calçadas rebaixadas junto às faixas de travessia no entorno das estações e nos terminais urbanos, sanitários públicos e operacionais acessíveis, sistema de monitoramento para acompanhar o deslocamento dos usuários durante a viagem, requalificação de 2 mil empregados para atendimento e auxílio ao usuário. Também está prevista a adequação dos edifícios administrativos, tornando-os acessíveis e possibilitando a contratação de empregados com deficiência. 

A Companhia do Metrô ainda dá continuidade às obras para viabilizar a montagem de 17 novos elevadores e 25 plataformas elevatórias nas linhas 1-Azul e 2-Verde. Também está em execução a reforma de sanitários públicos e operacionais, implementação do piso tátil para facilitar o deslocamento de pessoas com deficiência visual, adequação do mobiliário das áreas públicas, da comunicação visual e da sinalização tátil, informando sobre as facilidades existentes em cada uma das estações.