São 16 painéis com fotos pesquisadas para o livro que dá nome à exposição. A mostra segue uma linha cronológica que contextualiza o espectador dos momentos que marcaram época e que influenciaram na educação e no modo de vida da população.
A exposição ressalta que somente entre 1890 e 1910 é que a padronização do uniforme escolar ganhou destaque, ainda que de modo bastante discreto. Na época, o discurso militar dominava a estética das roupas.
Entre 1920 e 1929, o uniforme escolar deixou de ser obrigatório nas instituições educacionais do país, voltando a ser oficial na era Vargas. A democratização imposta pelo governo Vargas fez com que pobres e ricos pudessem estudar no mesmo colégio, padronizando os uniformes e a educação.
Testemunho
O aposentado Agnaldo Maroto Barreto, de 62 anos, em visita à exposição, comenta que realmente usava um uniforme semelhante ao exposto em uma das fotos, quando tinha 13 anos, na Bahia. “Era assim mesmo, uniforme branco, com ombreiras, estilo militar. Uma verdadeira disciplina”, relembra Agnaldo, que chegou a se emocionar ao ver o seu passado ali representado.
A partir de 1985, e até os dia de hoje, o modelo esportivo ganhou evidência, modificando apenas o tecido usado.
A cada novo período, as mudanças foram cada vez mais visíveis, as tecnologias na área de vestuário transformaram o visual, privilegiando tecidos e cortes cada vez mais confortáveis. Atualmente, os uniformes são denominados unissex, por terem o mesmo modelo para ambos os sexos.
O trabalho de pesquisa para a realização do livro da exposição foi feito pela jornalista e pesquisadora Maria Alice Silveira, com texto final do jornalista e escritor Furio Lonza e pela produtora Isabel Pires, com consultoria de moda de Daniel Maia, que produziu para a exposição estilos propostos por alunos através da pergunta “Como seria o uniforme ideal?”.
Da Secretaria dos Transportes Metropolitanos
