Metrô: Consórcio responsável pelas obras da Linha 4 vai pagar despesas das vítimas do acidente

A pista expressa da Marginal Pinheiros será libera às 17 horas, segundo o secretário Metropolitano dos Transportes, José Luiz Portella

seg, 15/01/2007 - 12h50 | Do Portal do Governo

Os bombeiros e a Defesa Civil continuam os trabalhos de buscas das vítimas do soterramento na futura estação Pinheiros do Metrô (Linha 4), onde ocorreu um deslizamento na última sexta-feira (12/1), que abriu uma cratera de 80 metros. No momento, eles trabalham no resgate do microônibus que foi encontrado na manhã de domingo.

Segundo a Assessoria de Imprensa do Metrô, cerca de 400 pessoas, entre bombeiros, técnicos da Defesa Civil e funcionários do Consórcio Via Amarela (construtoras Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Correa e Andrade Gutierrez), responsável pelas obras,  trabalham no local neste momento.

Na madrugada desta segunda-feira (15/1), quase 70 horas do deslizamento, o Corpo de Bombeiros encontrou o corpo da aposentada Abigail Rocha de Azevedo, de 75 anos. Ela havia saído de casa para uma consulta médica, quando passava pela Rua Capri para pegar um trem na Estação Pinheiros da CPTM, na hora do desabamento.

O enterro da aposentada será às 17 horas, no cemitério Santo Amaro, localizado na esquina das ruas Borba Gato e Anchieta, em Santo Amaro, zona sul da capital. O Consórcio Via Amarela informou que pagará as despesas e colocou uma assistente social à disposição da família da aposentada.

Todas as despesas das vítimas do acidente na futura estação do Metrô serão pagas pelo consórcio responsável pelas obras.

A pista expressa da Marginal Pinheiros, interditada desde sexta-feira (12/1), será liberada a partir das 17 horas, de acordo com o secretário Metropolitano dos Transportes, José Luiz Portella.

O governador José Serra também vistoriou o local do acidente no final de semana e destacou que a prioridade no momento é atender as vítimas que estão desaparecidas e aquelas que tiveram que deixar suas casas por causa do acidente.

Serra informou ainda que a Secretaria de Transportes Metropolitanos, através do Metrô contratou o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para elaborar um laudo que apontará as causas do acidente.

Depois das primeiras observações no local do acidente, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) começa oficialmente hoje a colher informações no local do acidente.

O local que desabou era usado como acesso de funcionários e equipamentos à obra do Metrô. Do fosso, partem dois túneis: um segue por baixo do Rio Pinheiros; o outro vai para o centro. Foi a partir desse segundo túnel que a estrutura, inaugurada há um ano, começou a desabar.

André Muniz