Metrô amplia recursos com empreendimentos não-tarifários

Conceito abrange atividades geradoras de receita que não fazem parte do serviço tarifado

sáb, 01/12/2007 - 10h48 | Do Portal do Governo

Uma concessionária de veículos ao lado da Estação Belém, um hipermercado na Vila Mariana, um shopping anexo à Estação Tucuruvi, um posto de gasolina próximo à estação Guilhermina-Esperança e mais um estacionamento neste mesmo local. Essas são as próximas iniciativas da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), com vistas à ampliação da arrecadação de recursos não-tarifários.

O conceito abrange todas as atividades geradoras de receita para a companhia que não fazem parte do serviço tarifado, o de transporte de passageiros, seu negócio principal. São os painéis publicitários nos trens e nas estações, os espaços comerciais nas estações (quiosques, boxes, etc.), as locações de terminais rodoviários, além das outras iniciativas já citadas. A gerente de negócios do Metrô, Renata Lucena, informa que há novidades em desenvolvimento que farão parte dos novos empreendimentos – mídias nos túneis e sistema de propagação de sinal para uso de celulares e TV nos vagões.

“Estamos trabalhando com esses projetos em paralelo com a concepção das estações futuras, para que sejam inauguradas com os serviços em operação”. Os recursos oriundos dessa área representam 6,5%  em relação às receitas tarifárias. Segundo Renata, é importante contribuição na receita da empresa. Além desse objetivo, a atuação visa à prestação de serviço complementar para facilitar a vida do usuário e tornar a opção do Metrô cada vez mais atraente.

Na concepção das iniciativas, são considerados os aspectos de convivência e adequação com o serviço de transporte, além da inovação e da busca de negócios desenvolvidos com êxito em outros metrôs, aeroportos e centros comerciais. A avaliação do usuário em relação à pertinência do serviço também tem peso. Regularmente, são realizadas pesquisas com esse intuito. De acordo com Renata, até o momento a aceitação é boa. “Cerca de 88% dos usuários acham o comércio no Metrô muito bom e bom”, informa. Nova pesquisa está em fase de elaboração.

Primeiro shopping de Itaquera

O quarto shopping center numa estação de Metrô é a mais recente iniciativa na área de recursos não-tarifários da Companhia do Metropolitano. O Shopping Center Metrô Itaquera foi inaugurado no dia 7 de novembro, data de aniversário do bairro que agrega 1,1 milhão de moradores. Construído anexo à estação Corinthians-Itaquera da Linha 3, é o primeiro do gênero na região. Fica localizado em área vizinha ao maior Poupatempo do Estado de São Paulo.

É ainda um dos maiores shoppings da capital paulista, com 200 lojas, incluindo hipermercado, praça de alimentação, oito salas de cinema e parque de diversões, em dois pisos. A construção levou 22 meses para ser concluída e ocupa 120 mil metros quadrados. O empreendimento é uma parceria da iniciativa privada com a companhia. Funciona sob contrato de concessão de direito de uso remunerado de imóveis de propriedade do Metrô, após seleção da empresa por meio de licitação.

A remuneração equivale a um porcentual sobre o faturamento obtido pelo shopping com o aluguel das lojas e espaços, estacionamentos e todos os demais negócios decorrentes da operação. A previsão é de que tenha movimento diário de 60 mil pessoas, das 10 às 22 horas. O primeiro shopping do tipo foi inaugurado em 1997 – o Metrô Tatuapé. Em 2001, entrou em funcionamento o Shopping Metrô Santa Cruz, e em maio deste ano foi aberto o Metrô Boulevard Tatuapé.

A realização de atividades, que vão além do serviço de transportes pelo Metrô, teve início em 1995, com a negociação de mídias nos trens e estações. Nessa época, o setor era terceirizado. Em 2002, a administração dos recursos não-tarifários passou a ser feita pela própria companhia

Simone de Marco

Da Agência Imprensa Oficial