Metrô adquire novos veículos para acelerar manutenção

Carros servem para troca de trilhos e atendimento a emergências e acidentes

qui, 03/04/2008 - 11h23 | Do Portal do Governo

A primeira viagem dos novos veículos “terra-via”, adquiridos pelo Metrô para tornar mais ágeis os serviços de manutenção da rede, foi realizada na madrugada desta quinta-feira, 3. O governador José Serra e o secretário dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, percorreram o trecho entre o pátio de manutenção do Jabaquara e a estação São Judas da Linha 1 – Azul do Metrô.

“Estamos pondo sete novos caminhões em operação e até 2010 vamos trocar todos os 15. Isso vai acelerar o trabalho durante a madrugada, porque esses caminhões vão ser mais rápidos e melhor equipados”, disse o governador José Serra após conferir o trabalho de manutenção na linha do Metrô. Ele andou num veículo “terra-via”, ou seja, capaz de circular tanto nos trilhos como na estrada. “São 350 pessoas que trabalham durante a madrugada, da 1h às 4h da manhã. Isso exige uma ação muito rápida. É um trabalho que a população conhece pouco, mas que tem uma importância para o funcionamento seguro de nosso Metrô”, completou Serra.

Os ganhos com os novos veículos são imediatos, observou o governador. “O serviço vai melhorar muito, será um serviço mais rápido e, portanto, mais amplo e eficiente”, disse. Serra aproveitou para lembrar que a frota atualmente em operação é da década de 70 e, embora seja segura, já está tecnologicamente ultrapassada.

Com a entrega dos veículos “terra-via”, o Metrô cumpre com as 21 medidas adotadas a partir de janeiro a fim de evitar ocorrências que causem transtornos à população até a completa renovação dos equipamentos e da frota (previstas no Plano de Expansão do Transporte Metropolitano).

Frota

Sete veículos (cinco caminhões e duas picapes) entram em operação em diversas atividades de manutenção preventiva e corretiva nas linhas do metrô. O investimento é de R$ 2,2 milhões. Cada caminhão-baú (veículo com carroçaria dotado de dispositivos para atendimento de emergência) custou R$ 370 mil. O valor do caminhão “terra-via” é de R$ 364 mil e o de cada picape é de R$ 199 mil.

Os caminhões e as picapes são dotados de mecanismos móveis com pequenas rodas de aço, semelhantes às dos trens, que podem ser utilizados nos trilhos do metrô ou em pátios, ruas etc. As rodas de aço posicionam o veículo nos trilhos, utilizando pneus para tração. A versatilidade do equipamento permite que ele também rode sobre pneus nas ruas da cidade. O “terra-via” serve para troca de trilhos e recuperações, manutenção de luminárias, manutenção do sistema de lubrificação de trilhos, atendimento à emergência e acidentes.

Dos sete veículos, dois caminhões e uma picape irão para a Linha 3-Vermelha, um caminhão irá para a Linha 1-Azul, um caminhão e uma picape para a Linha 2 e um caminhão-socorro para a Linha 5-Lilás. Os veículos proporcionarão melhores condições de operação à frota atual.

Novas aquisições de equipamentos terra-via, no valor de R$ 4 milhões, estão previstas para até o final de 2009: serão sete caminhões de via e três picapes rodoferroviárias.

Manutenção

Como o governador observou, o trabalho da equipe de manutenção do Metrô passa despercebido da população. Os usuários acessam as estações entre as 4h40 e a meia-noite, mas isso não quer dizer que o Metrô não funcione 24 horas por dia. É justamente no intervalo da operação comercial que se dá a manutenção.

O tempo é curto e requer a presença de mais de 300 funcionários. Eles se revezam em turnos ao longo de seis dias na semana – o sétimo é usado para treinamentos. Os serviços de rotina incluem a solda de trilhos desgastados ou a sua substituição e a lubrificação da via.

Durante a viagem desta madrugada, Serra pode conferir os técnicos em ação: em um trecho da linha eles utilizavam um ultra-som para avaliar as condições dos trilhos. “Nunca, desde que o Metrô existe, foi necessário paralisar uma determinada linha por problemas nos trilhos. Os problemas são reparados sempre neste horário da noite”, lembrou o governador.

Manoel Schlindwein / Metrô