Memorial da América Latina lança livro contando sua história e outro sobre imprensa livre

Também será realizada a palestra "Liberdade de Expressão e Direito à Informação", por Demétrio Magnoli e Cremilda Medina

qui, 28/10/2010 - 12h00 | Do Portal do Governo

A Fundação Memorial da América Latina lançará nesta quinta-feira, 28, na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, os livros Liberdade de expressão, direito à informação nas sociedades latino-americana, organizado por Cremilda Medina, e Memorial da América Latina 21 Anos, coeditado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, de autoria de Shozo Motoyama e Rafael Yamin.

Como parte da programação de lançamento, será realizada a palestra “Liberdade de Expressão e Direito à Informação”, por Demétrio Magnoli e Cremilda Medina. Demétrio Magnoli é Bacharel em Ciências Sociais e Jornalismo pela Universidade de São Paulo, doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP) e integra o Grupo de Análises de Conjuntura Internacional da USP. Atualmente escreve para O Estado de S. Paulo e O Globo, bem como faz parte do Conselho Editorial da revista Interesse Nacional. Na condição de pesquisador, especializou-se nas áreas de Relações Internacionais e Geografia Política. Já publicou ensaios, organizou coletâneas e vários livros. Sua obra mais recente, Uma gota de sangue – história do pensamento racial (Ed. Contexto), foi lançada em 2009.

O livro Memorial da América Latina 21 Anos (Memorial/Imprensa Oficial, São Paulo, 2010), de Shozo Motoyama e Rafael Yamin, registra a trajetória da Fundação Memorial da América Latina ao longo dos 21 anos de sua existência. Inspirado pela pregação de André Franco Montoro em torno da necessidade de maior integração da América Latina, seu sucessor no governo de São Paulo, Orestes Quércia, construiu o Memorial e presidiu a sua inauguração em 18 de março de 1989, observa o presidente Fernando Leça, em texto de apresentação da obra.

Leça relata que, depois de um início brilhante, sustentado por um orçamento invejável nos dias de hoje, o Memorial teve altos e baixos, mas vem cumprindo o papel que lhe foi designado. Cada gestão procurou agregar valor à sua ação integradora, valorizando a obra de Oscar Niemeyer e o propósito impregnado por Darcy Ribeiro. O seu espaço, ressalta, torna-se cada vez mais o espaço da latino-americanidade, o ponto de encontro dos povos, de lideranças políticas e empresariais, dos expoentes da cultura e das artes, enfim, a “esquina da América Latina”. Presidentes e ex-presidentes passam por aqui, expondo suas ideias e suas vivências; músicos, literatos, artistas, pensadores, desfilam aqui sua sensibilidade e sua arte.

Nestes 21 anos, em sua maioridade plena, finaliza Leça, o Memorial testemunhou e registrou momentos ricos de densidade estética e de sentido transcendente na consecução de sua missão integradora. “O livro que agora é colocado à disposição de todos certamente nos remeterá a esse clima”.

Já Liberdade de expressão, direito à informação nas sociedades latino-americana, organizado por Cremilda Medina, aborda uma questão candente nos dias de hoje, no Brasil e na região. Após as democratizações dos países latino-americanos, a luta pela Nova Ordem da Informação dos anos 1970 parecia não ter mais sentido, uma vez que todas as Constituições contemporâneas asseguram o pleno direito social à informação e à liberdade de expressão. No entanto, o debate se mantém acirrado no final da primeira década do século XXI, pois algumas situações denunciam recorrentes ameaças de autoritarismo e até mesmo de censura explícita aos meios de comunicação.

Para debater esses contextos, um seminário realizado em São Paulo, no Memorial da América Latina, no primeiro semestre de 2010, reuniu estudiosos e jornalistas que apresentaram diagnósticos oportunos sobre os embates atuais. Os ensaios, agora editados no livro Liberdade de expressão, direito à informação nas sociedades latino-americanas, abordam panoramas gerais da região, de países e de suas particularidades como Venezuela, Cuba, Argentina e Brasil. Os analistas também propõem um retrospecto histórico das contradições dos períodos de repressão às democracias contemporâneas.

O seminário, idealizado por Cremilda Medina, jornalista e pesquisadora da Universidade de São Paulo, faz parte de um projeto iniciado em 1990 e que resulta na publicação da Série Novo Pacto da Ciência. Essa obra traz importantes reflexões sobre a imprensa, televisão, Internet tanto no âmbito das mídias públicas quanto das empresas privadas. Do Brasil, comparecem os articulistas Demétrio Magnoli, Pedro Ortiz, Márcia Blasques, José Maria Mayrink, Alberto Dines e Eugênio Bucci. Adrián Padilla Fernández apresenta o panorama da Venezuela e Darío Pignotti, a análise sobre a Argentina.

A jornalista e professora Cremilda Medina possui especialização em Estudios Superiores de Jornalismo pelo Centro Internacional de Estudios Superiores de Periodismo Para América Latina, e doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo. Atualmente é docente da Universidade de São Paulo e membro do corpo editorial das publicações Revista USP, Reproposta e Reportagensaio – Jornalismo em Trânsito. Organizou também os livros Energia, meio ambiente e comunicação social e Povo & Personagem – Sociedade, cultura e mito no romance latino-americano, sendo de sua autoria Ciência e Jornalismo: da herança positiva ao diálogo dos afetos e O signo da relação: comunicação e pedagogia, dentre várias outras obras publicadas.

Serviço
Lançamentos dos livros Liberdade de expressão, direito à informação nas sociedades latino-americana, Memorial da América Latina 21 Anos e palestra de Demétrio Magnoli
Data: quinta-feira, 28, das 19h30 às 21h30
Local: Livraria Cultura do Bourbon Shopping São Paulo (Rua Turiaçú, 2.100 – São Paulo, SP – Telefone: 3868-5100)
Entrada franca
Informações – Telefone: (11) 3823-4780
E-mail: eventoscbeal@memorial.sp.gov.br

Do Memorial da América Latina