Memorial apresenta show com Zezé Motta no Projeto Adoniran

Apresentação será dia 19, no Auditório Simon Bolívar, no Memorial da América Latina, na Capital

qui, 13/09/2007 - 16h45 | Do Portal do Governo

 A cantora e atriz fluminense Zezé Motta é a convidada do Projeto Adoniran no mês de setembro e apresenta o show Zezé Inconcert, no dia 19, no Auditório Simon Bolívar, às 20h30. Acompanhada pelo pianista Ricardo Macord, a artista interpreta composições que marcaram sua carreira, como “Muito Prazer Zezé” (R. Lee e R. Carvalho), “Crioula” (Moraes Moreira), “Barracão” (Luiz Antônio), “Dores de Amores” (Luiz Melodia), “Pra Você” (Silvio Cezar), “Samba do Grande Amor” (Chico Buarque), “É Luxo Só” (Ary Barroso), “Mulata Assanhada” (Lupicínio Rodrigues) e outras.

O Projeto Adoniran é uma iniciativa do Memorial com o objetivo de revitalizar o já conhecido Projeto Adoniran Barbosa (realizado entre 1990 e 2000). A estrutura segue os mesmos moldes das edições anteriores, ou seja, apresentações de música popular brasileira por seus compositores e/ou intérpretes a preços populares (R$ 10,00). A estréia desta nova edição do projeto aconteceu em 14 de março deste ano com show de Toquinho, seguindo-se apresentações de Chico César, Fátima Guedes, Arrigo Barnabé, Evinha, Vânia Bastos & Eduardo Gudin, Ná Ozzetti, Alaíde Costa & João Carlos Assis Brasil, Wagner Tiso e Célia.

A carreira de cantora de Zezé Motta começou, em 1971, como crooner nas casas noturnas Balacobaco e Telecoteco, em São Paulo. Com voz de belo timbre e muitos recursos, foi lançada por Guilherme Araújo num show memorável no MAM, no Rio de Janeiro. Vários discos marcaram a carreira: “Zezé Motta” (estréia, 1978), “Negritude”, “Dengo”, “Frágil Força”, “Quarteto Negro” e “Chave dos Segredos”, além de shows na Alemanha, EUA França, Venezuela, México, Chile, Argentina, Angola e Portugal. Destaque também para os shows “Zezé Canta Melodia”, no qual cantava a obra de Luiz Melodia (resultando no CD “Invisíveis Cores”, em 1998), e “Divina Saudade”, uma homenagem a Elizeth Cardoso. Seu próximo trabalho musical será um CD com sambas inéditos: “O Samba Mandou Me Chamar”. Seus trabalhos mais recentes na TV foram nas novelas “Floribella” (Band, 2006) e “Sinhá Moça” (Rede Globo, 2007). Atualmente, atua na novela “Luz do Sol” (Rede Record) e nos musicais “Orfeu” e “Sete”.

Nascida em Campos (RJ), Maria José Motta foi morar no Rio de Janeiro aos dois anos e, depois, levada por Maria Clara Machado, estudou interpretação no Teatro Tablado. Sua estréia nos palcos foi em 1967 com “Roda Viva”, de Chico Buarque. A partir daí, Zezé Motta atuou em “Fígaro”, “Arena Conta Zumbi”, “A Vida Escrachada de Joana Martine”, “Baby Stompanato”, “Orfeu Negro”, “Godspell” e “Abre Alas” (de Maria Adelaide Amaral, em 1999, ao lado de Rosamaria Murtinho, sobre a vida de Chiquinha Gonzaga). No cinema, atuou em “ARainha Diaba”, “Trabalhar Vagabundo”e ” Força de Xangô”até atingir o auge da carreira em “Xica da Silva”, de Cacá Diegues. A seguir, vieram os longas: “Tudo Bem”, “Águia na Cabeça”, “Quilombo”, “Jubiabá”, “Anjos da Noite”, “Natal da Portela”, “Prisioneiro do Rio”, “Tieta” e “Orfeu”. Atuou também nas novelas “Corpo a Corpo”, “A Próxima Vítima”, “Kananga do Japão”, “Xica da Silva” e “Porto dos Milagres”, além das minisséries “Mãe de Santo” (TV Manchete) e “Memorial de Maria Moura” (Rede Globo).

Adoniran Barbosa

Nenhum outro artista representa tão bem a música popular paulistana como Adoniran Barbosa. Nos quase 50 anos em que militou no meio artístico do rádio, da televisão, da produção fonográfica e nas rodas de samba dos bairros boêmios de São Paulo, Adoniran sempre se destacou pela capacidade de transformar em versos bem humorados o dia a dia das personagens que fizeram a história da capital paulista na segunda metade do século XX. Não há no Brasil quem nunca tenha cantarolado pelo menos alguns versos de “Trem das Onze”, “Saudosa Maloca”, “O Samba do Arnesto”, “Iracema”, “As Mariposa” e tantas outras. Em todas elas Adoniran pintou um pouco do retrato que conhecemos da São Paulo, atacada pelo progresso do pós-guerra. Impossível fazer justiça ao talento e à valiosa contribuição de Adoniran Barbosa para a música popular brasileira em poucas palavras.

O melhor modo para que o Brasil se lembre sempre da importância do seu nome e ajude a perpetuar a sua memória foi encontrado pelo Governo do Estado de São Paulo ao criar e manter funcionando, durante quase dez anos, entre 1990 e 2000, o Projeto Adoniran Barbosa.  O trabalho de centenas de artistas brasileiros – que certamente não teriam tido melhor oportunidade não fosse a infra-estrutura técnica, artística e financeira oferecida pelo projeto – foi apresentado para o grande público. Infelizmente, para tristeza dos artistas e do público, as apresentações foram suspensas, mantendo-se a interrupção até agora. No entanto, a partir do março de 2007, por iniciativa da Fundação Memorial da América Latina, o Projeto Adoniran volta à cena, no seu grande auditório, para divulgar a boa música popular brasileira para um público que merece conhecê-la melhor.

Serviços:

 Zezé Motta (voz) e Ricardo Macord (piano)

Dia 19 de setembro – quarta-feira – às 20h30

Memorial da América Latina – Auditório Simon Bolívar

Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda/SP Tel: (11) 3823-4600

Ingressos: R$ 10,00 (meia-entrada: R$ 5,00) – Duração: 1 hora – Censura: Livre

Capacidade: 800 lugares – Não faz reservas – Bilheteria: 1 dia antes (14h às 19h) e no dia do show (a partir das 14h) – Ar condicionado. Acesso universal

Estacionamento: R$ 10,00. Possui lanchonete.

Realização: Fundação Memorial da América Latina

Projeto Adoniran – Próximas apresentações

• Dia 19 de setembro – Zezé Motta

• Dia 17 de outubro – Suzana Salles & Artur Nestrovski

• Dia 14 de novembro – Maria Alcina

• Dia 21 de novembro – Mônica Salmaso

• Dia 12 de dezembro – Demônios da Garoa 

Do Memorial da América Latina

(I.P.)