A qualidade do café paulista e seus reflexos no mercado foi destacada pelo Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, na primeira reunião da Câmara Setorial do Café realizada nesta semana. Medidas para o aumento das exportações e o Programa de Educação do Mercado para o Café (PEM) também foram tratados no encontro.
Para aumentar o volume de vendas anuais em R$ 2,5 bilhões no prazo de dois anos, um dos objetivos do PEM, Meirelles destacou que é preciso agregar valor ao café paulista, além de estabelecer normas que contenham parâmetros de qualidade para o produto. A medida, prevista no programa, impõe a fixação da identidade do produto paulista, o que, segundo o secretário, reflete-se nas exportações. Em São Paulo, a cadeia produtiva do café é uma das seis eleitas no eixo de exportação, junto com cana-de-açúcar, laranja, carne, frutas e flores.
O PEM, que também visa o aumento do consumo interno do café e a orientação do consumidor para suas características diferenciadas estabelece uma classificação em três categorias: Gourmet (cafés especiais), Superior (qualidade intermediária) e Tradicional (padrões mínimos). Estabelece também um regulamento técnico para a apresentação do café torrado em grão e café torrado e moído, baseado na Lei Estadual nº 10.481, que tem demandado, desde o ano passado, quando foi elaborado, forte empenho da Secretaria de Agricultura na sua aprovação pela Procuradoria do Estado
Para coordenar essa e outras ações que beneficiarão o café paulista, o secretário pediu, ainda, que a Câmara Setorial do Café prepare, em 30 dias, um diagnóstico do setor. O levantamento permitirá ao Governo do Estado identificar os principais gargalos para exportação em toda a cadeia produtiva do café.
