O Núcleo Caraguatatuba apoia duas ideias pioneiras: a Rota do Cambuci e a Rota Dória – conhecida como a Rota Clandestina dos Escravos. No último dia 14 de julho, o núcleo sediou a quarta edição da Rota do Cambuci, que teve início no dia 23 de março e encerra-se no dia 5 de agosto, em São Paulo. Co –
merciantes e produtores de cambuci estiveram reunidos no local para mostrar as diversas propriedades da fruta.
Alguns objetos encontrados no núcleo pertencem à Rota Dória, uma trilha comercial que ligava o litoral norte paulista ao Alto Tietê e Vale do Paraíba. A partir de 1850, com a Lei Eusébio de Queiroz, o tráfico de escravos foi proibido, mas alguns lugares resistiram à legislação. A Rota Dória tornou-se um dos caminhos clandestinos do tráfico negreiro. “Existem locais interessantes quedevem ser conhecidos, como o Casarão Senzala, em Salesópolis, e o Sítio Arqueológico, em São Sebastião. É uma parte da história que não podemos esquecer”, diz Carlos Zacchi Neto.
Ele revela, ainda, que está em teste no Núcleo Caraguatatuba uma plataformadigital que poderá ser acessada de qualquer celular 3G. “Por meio dela, o pesquisador ou o gestor do parque poderá inserir dados, consultar informações sobre os principais problemas e descobertas no local. Depois de aprovada, a plataforma digital será estendida para os nove núcleos que compõem o Parque Estadual da Serra do Mar”, antecipa.
Trilhas do parque
O parque oferece cinco trilhas que estão inseridas no Programa Trilhas de São Paulo. A Trilha dos Tropeiros tem uma extensão de oito quilômetros. É um caminho histórico de média dificuldade, com trilha pela floresta da encosta, utilizada no século 19 entre o litoral e o planalto. Percorre uma vala esculpida no solo pelo uso, onde se encontram vestígios dos antigos muros de pedra. Uma das atrações é a ponte de cordas que passa sobre as cachoeiras do Rio do Ouro. Em dias de muito sol, as pedras reluzem e proporcionam um brilho intenso, daí o nome Rio do Ouro.
A do Jequitibá é uma trilha de 1,2 quilômetro e de baixa dificuldade. Tem uma
piscina natural e um pequeno poço para banho, além de diversos jatobás com até 30 metros de altura. Para os praticantes de rapel, a trilha do Pirassununga é ótima opção. Com 3,3 quilômetros de extensão, começa no km 14 da Estrada Intermediária e dá acesso a um viaduto abandonado na década de 1960.
Como o próprio nome diz, a Trilha do Poção tem 3,5 quilômetros de extensão e é ideal para a prática de esportes náuticos. O local dá acesso a várias piscinas naturais. Partindo de Natividade da Serra, a Trilha da Mococa tem dez quilômetros de comprimento e é parte do antigo caminho de tropeiros para o litoral. Por meio de uma trilha sinuosa pela floresta da encosta, o turista chega a um mirante onde pode apreciar as cidades de Ubatuba, Caraguatatuba, São
Sebastião e até o arquipélago de Ilhabela.
O Caminho do Rio Pardo, com 40 quilômetros de extensão, é considerado de baixa dificuldade. A trilha é restrita a mountain bike e a veículos tracionados. Atravessa o parque desde Salesópolis, por trechos de mata nativa, além de belos mirantes, cachoeiras e piscinas naturais de fácil acesso. A Estrada do Pavoeiro, com 20 quilômetros de extensão, é de terra, no alto da serra, em Paraibuna. Oferece belas paisagens até alcançar a Fazenda Pavoeiro, às margens da Represa de Paraibuna, perfeita para a prática de esportes náuticos como canoagem, iatismo, mergulho, pesca esportiva e natação.
SERVIÇO
Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Caraguatatuba
Rua do Horto, 1.200, Rio do Ouro – Caraguatatuba – SP
Telefones: (12) 3882-3166 / 5999
E-mail: caragua@fflorestal.sp.gov.br
Visitação: De terça-feira a domingo, das 8 às 17 horas
Entrada: R$ 6,00 e R$ 3,00 (para estudantes e pessoas acima de 60 anos)
Do Portal do Governo do Estado
