Parque Carlos Botelho, Ilha do Cardoso, Jacupiranga, Intervales e Parque Estadual de Ilhabela são alguns lugares que farão parte do “passaporte das trilhas de São Paulo”. Eles serão inseridos nos Roteiros e Circuitos Turísticos Paulistas. Essa novidade decorre de acordo firmado entre as secretarias do Esporte, Lazer e Turismo e do Meio Ambiente, que se uniram para intensificar atividades que darão novo impulso ao desenvolvimento de algumas áreas do Estado.
“Em 24 Unidades de Conservação do Estado de São Paulo, foram mapeadas mais de 40 trilhas ecológicas em condições de serem utilizadas pelos turistas que optam pelo convívio com a natureza. Hoje, mais de 1,5 milhão de pessoas visitam as áreas de conservação”, explica Luís Carlos de Oliveira, diretor de operações da Fundação Florestal.
“É uma medida importante que nossa instituição e todo o trade turístico vêm acompanhando com interesse”, informa Israel Walligora, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (Abeta).
Xico Graziano, secretário estadual do Meio Ambiente, diz que é preciso promover esses produtos e, mapeada as trilhas, “nada mais certo que o turismo fazer parte desse contexto, proporcionando os meios para o crescimento dessas trilhas”.
Turismo sustentável – Walligora salienta a importância dos profissionais que atenderão o público. “O profissional de campo é a chave para uma experiência ecoturística bem-sucedida. Ele deve ter conhecimentos de geografia, história, biologia, ecologia, botânica, entre outras ciências, além de primeiros socorros e cultura local, de cada uma das áreas que percorre. O projeto visa a consolidar, também, o turismo sustentável como forma de desenvolvimento socieconômico regional, aliado à estratégia de conservação da natureza”.
O primeiro pacote de 40 trilhas será entregue à população a partir de junho. Os turistas poderão obter informações pela Internet sobre os trajetos, haverá material de divulgação sobre as trilhas, além de passaporte dos locais.
O sistema de passaporte de trilhas será parecido com o de Santiago de Compostella, na Espanha. Quando o turista chegar ao local receberá um passaporte e, durante todo o trajeto, o mesmo será carimbado. Além disso, contará com o apoio de gestores e operadores de turismo que conhecem bem a região. A segunda etapa do projeto será a implantação de controle de entrada e saída em trilhas não monitoradas.
Mata Atlântica – A região da Mata Atlântica já é um destino turístico muito concorrido. E as suas unidades de conservação, especialmente os parques, são locais privilegiados para o desenvolvimento do ecoturismo. Da cobertura florestal remanescente de Mata Atlântica (8% em todo o País) cerca de 18% estão no Estado de São Paulo, abrangendo uma região altamente desenvolvida economicamente.
O Projeto Ecoturismo na Mata Atlântica envolve seis parques estaduais: Parque Carlos Botelho, Ilha do Cardoso, Jacupiranga, Intervales, Parque Estadual de Ilhabela e Turístico do Alto Ribeira. Nesses locais, o turista pode encontrar estradas-parque, trilhas terrestres, trilhas suspensas, trilhas de longo percurso, cavernas, mirantes e cachoeiras.
Foram investidos US$ 15 milhões nos seis parques. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) é parceiro nesse projeto. Esse recurso financeiro está direcionado para a melhoria em infra-estrutura (trilhas, pousadas, hospedagem).
Maria Lúcia Zanelli
Da Agência Imprensa Oficial
C.M.
