A Secretaria Estadual do Meio Ambiente encerrou nesta quinta-feira, dia 9, os trabalhos de monitoramento da remoção do óleo que vazou do navio Vergina II, no último sábado, e que atingiu 17 praias do Litoral Norte. Técnicos do Setor de Operações de Emergências da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) realizaram pela manhã um sobrevôo na área atingida pelo óleo, e não detectaram mais vestígios do produto na água. As areias das praias também já foram limpas pelos funcionários contratados pela Petrobras que, por precaução, estará monitorando a área por mais dez dias. A estatal afirma que chegou a recolher aproximadamente 60 mil litros de petróleo Albacoa das praias e do mar.
Apesar do término do serviço de limpeza, a Cetesb decidiu manter imprópria para o banho de mar as praias de São Francisco e Cigarras, em São Sebastião e do Saco da Capela, em Ilhabela, para maior segurança dos banhistas. Até o final da semana deve ser feita uma nova avaliação das condições de balneabilidade dessas três praias. O óleo impregnado nos costões e nos cascos das embarcações, por ação do calor, deve continuar se desprendendo e caindo ao mar por mais alguns dias.
MULTAS
O secretário estadual do Meio Ambiente, Ricardo Tripoli, indeferiu recurso impetrado pela Petrobras, com respeito a multa de R$ 6.952,00 expedida pela Cetesb à estatal, por emissão de substância química de forte odor, ocorrido no dia 17 de novembro de 1998, no sistema de tratamento de efluentes líquidos da Refinaria de Paulínia (REPLAN). O indeferimento do recurso se deu no dia 31 de outubro último.
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente divulgou um novo balanço das multas expedidas à Petrobras, por conta de acidentes ambientais provocados pela estatal. De 1978 até novembro deste ano, a Cetesb efetuou 290 autuações, sendo 58 envolvendo acidentes em dutos, 24 em terminais petrolíferos, 9 em refinarias e 199 com embarcações. A estatal deve ao Estado mais de R$ 11 milhões em multas.
Desses acidentes, 73% ocorreram no Litoral Norte do Estado, 13% na Baixada Santista, 10% na Região Metropolitana de São Paulo, 3% na região de Campinas e Paulínia e 1% no Vale do Paraíba. O maior acidente registrado aconteceu no dia 9 de janeiro de 1978, quando o navio Brazilian Marina, despejou 6 mil toneladas de petróleo no canal de São Sebastião.
