A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) divulgou nesta quarta-feira, dia 8, um laudo preliminar sobre o acidente com o navio N/T Virgínia II, ocorrido no último sábado, no Terminal da Petrobrás, em São Sebastião. Foi constatada a contaminação do manguezal próximo à foz do Rio Juqueriquerê e a impregnação de óleo nos costões rochosos entre as praias e São Francisco e Cigarras e costão do Pontal da Cruz. Das 17 praias atingidas pelo óleo, praticamente todas já foram limpas, com exceção das praias de São Francisco e Cigarras, em São Sebastião e Saco da Capela, na Ilhabela.
De acordo com o levantamento feito pela agência ambiental, órgão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, o dano ambiental não foi mais intenso devido às características do óleo vazado, de baixa toxicidade (cerca de 32% da fração hidrossolúvel), além de ser pouco denso e pouco viscoso, associado ao tempo de permanência no mar antes de atingir o ecossistema marinho, o que ajudou a perder parte de suas frações mais tóxicas. Durante vistoria no manguezal, constatou-se a presença de uma lâmina gordurosa de óleo sobre os sedimentos, mas de contaminação leve. Isto foi observado numa área, próxima à foz do Rio Juqueriquerê, estimada em 120 metros. Observou-se, também, a presença de micro-crustáceos mortos. Devido à baixa viscosidade e densidade do óleo, não foi registrada a presença do produto aderido a raízes e troncos.
Não foi possível verificar, neste primeiro momento, uma possível contaminação de tocas de caranguejo. As praias atingidas pelo óleo foram: Pontal da Cruz, Enseada, Figueira, Cigarras, Olaria, Arrastão e São Francisco (São Sebastião); e Saco da Capela, Pequeá, Engenho D’Água, Itaguassu, Itaguanduba, Perequê, Feiticeira, Praia Grande, Curral e do Centro (Ilhabela).
