Margem direita do Rio Pinheiros terá árvores de grande porte

Mudas de árvores de grande porte como o jequitibá branco, a sapucaia e o jatobá começam a ser plantadas na margem direita do rio Pinheiros. Trata-se da segunda fase do Projeto Pomar iniciado nesta sexta-feira, dia 23, pelo governador em exercício, Geraldo Alckmin, com a assinatura de protocolos de intenção entre seis empresas da iniciativa privada. A previsão de investimentos por cada uma das empresas é de R$ 150 mil na implantação do projeto, com um custo de manutenção estimado em R$ 5 mil mensais.
Ao iniciar a solenidade, realizada na margem direita do Pinheiros, o governador em exercício prestou socorro a um dos trabalhadores envolvidos na tarefa do plantio com uma forte convulsão. Após acalmá-lo, Alckmin solicitou uma carro para ‘levar esse moço ao pronto-socorro mais próximo’.
De volta ao palanque, Alckmin elogiou a união de todos em prol da reurbanização do rio Pinheiros. ‘Atos como esse ajudam a recompor as relações entre a cidade e a natureza. Logo, logo, vamos ter nas margens do Pinheiros o maior jardim de São Paulo’, disse Alckmin. O governador em exercício deu início ao projeto com o plantio de uma palmeira jerivá, espécie que já foi nativa naquele local e escolhida como símbolo do Projeto Pomar. ‘Essa espécie era tão comum por aqui que o primeiro nome do rio era Jeribatiba ou Jurubatuba, termo que em tupi-guarani significa ‘muitos jerivás’, informou Alckmin.
O secretário de Meio Ambiente, Ricardo Trípoli, disse que há vinte anos a implantação de projetos como esse seria completamente impossível. ‘Existia uma relação extremamente esquizofrênica entre o setor produtivo, o setor privado, a área do governo e as não-governamentais’, disse Trípoli comemorando o fato de que a Agenda 21 esteja sendo observada atualmente. Ele falou ainda sobre a importância do apoio ao Projeto Pomar que, além de cuidar do ambiente, cuida do social. ‘A mão-de-obra do projeto vem das Frentes de Trabalho, um programa social criado no Governo Mário Covas. Por meio dele, as pessoas podem fazer cursos profissionalizantes e, neste caso, fizeram de jardinagem’, disse o secretário, registrando a presença de uma turma recém formada que estará trabalhando na margem direita do rio. Atualmente, o projeto emprega 80 trabalhadores nos canteiros mantidos pela Secretaria e pelas 11 empresas parceiras que participam da primeira fase do projeto, na marginal esquerda do Pinheiros.
As empresas privadas parceiras da segunda fase – Deutsch Bank, Adudos Manah, Companhia Suzano de Papel e Microsoft serão responsáveis pela execução do projeto, desde o preparo do terreno. ‘O projeto nós cedemos. Eles fazem todo o resto, As empresas parceiras ficarão responsáveis pela execução do projeto, desde o preparo do terreno, até a aquisição e plantio das mudas. como contrato de pessoas, a compra e plantio das mudas.’, disse o arquiteto Arnaldo Rentes, responsável pela parte de paisagismo do projeto. O paisagista explicou que a margem direita do rio Pinheiros tem características muito diferentes da esquerda, o que exigiu estudos muito específicos para a execução da segunda fase. ‘Deste lado temos muitas interferências como cabos elétricos de transmissão de 345 mil volts e cabos óticos’.