Maratona de exercícios no CRF de Rio Preto

Atividades conjuntas movimentam o início do ano na unidade prisional

qua, 14/02/2007 - 18h22 | Do Portal do Governo

O trabalho das reeducandas do CRF (Centro de Ressocialização Feminino) de São José do Rio Preto (451 Km de São Paulo, Região Oeste do Estado) é uma constante durante todo o ano e ocupa grande parte do tempo das presas. Além de mantê-las ocupadas por boa parte do dia, é um fator de redução da pena, pois a cada três dias trabalhados, um é remido da condenação. A maioria das internas ainda encontra motivação para estudar à noite, nos cursos que são oferecidos na unidade.

Porém nem tudo é trabalho e estudo no CRF. Logo no início do período de férias escolares de verão, as reeducandas pediram à direção que elaborasse alguma atividade para ocupar o tempo ocioso. Após levantamento estatístico foi constatado que elas gostariam de praticar mais atividades físicas.

Partindo do resultado da pesquisa, a ONG GADA. (Grupo de Amparo ao Doente de AIDS), que administra a unidade em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária, contratou a professora de educação física, Olívia Maria Justo para desenvolver um projeto com as presas.

Foram formadas várias turmas que participaram das aulas durante um mês, três vezes por semana, sempre acompanhadas pela profissional. Durante uma hora praticam atividades físicas para aliviar tensões relacionadas com a LER (Lesão do Esforço Repetitivo) e com a DORT (doenças relacionadas com esforço repetitivo no trabalho) e que servem como trabalho de sociabilização e auxilia as presas na inclusão social, na autoconfiança e auto-estima.

No programa foram trabalhadas técnicas para o desenvolvimento de atividades como ginástica aeróbica, dinâmica em grupo, jogos coletivos, danças e ginástica laboral, com até 32 reeducandas de cada vez. “São atividades condizentes com o nível de preparo físico do grupo”, explica Olívia Maria. “Os exercícios são de fácil assimilação, num processo de evolução gradativa de dificuldades”, complementa.

O projeto será desenvolvido na unidade até sexta-feira, dia 16, e devido à boa aceitação, e, segundo o diretor do CRF, João Antonio Lopes Poli, há grande possibilidade de haver novas etapas.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Administração Penitenciária

(R.A.)