Um policial faz uma abordagem e, apenas com gestos, consegue entender que não se trata de um criminoso, mas, sim, de um cidadão, portador de necessidades especiais, que precisa de ajuda. Entender os sinais básicos da Língua Brasileira de Sinais – Libras impede que um policial, ao abordar um surdo para averiguação, por exemplo, interprete de forma errada os gestos daquela pessoa, dando-lhe o atendimento adequado.
Aprimorar a comunicação entre os policiais e os portadores de necessidades especiais e melhorar o atendimento são alguns dos objetivos da Secretaria da Segurança Pública do Estado que, por intermédio da equipe da Coordenadoria de Programas Sociais realizou, na manhã desta terça-feira (19), uma palestra sobre o tema, em seu auditório, na região central da Capital.
Representantes da Academia de Polícia Civil “Dr. Coriolano Nogueira Cobra”; do Curso de Formação de Soldados (CFSd) da Polícia Militar; do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças e do Comando de Policiamento de Área Metropolitano 1 (CPA/M-1) assistiram atentamente a palestra proferida pelos professores Maria Inês da Silva Vieira, mestra em Educação para Surdos e coordenadora do Programa de Acessibilidade para Surdos (Derdic/Puc-SP); e Ricardo Nakasato, especialista em Educação para Surdos.
Existem sinais básicos cujo conhecimento é fundamental para a polícia. Entre eles estão aqueles que significam drogas, armas, um pedido de ajuda ou uma determinação de prisão; a solicitação de apresentação de Carteira de Identidade (RG) em uma averiguação, ou a indicação do local onde a pessoa mora. Mas a capacitação dos policiais vai muito além, e pode, inclusive, auxiliar na prestação de primeiros-socorros e salvar vidas.
Valéria Nani
Da Secretaria de Segurança Pública
C.M.
