Limpeza do rio Paraíba do Sul começa em novembro

Rio sofre com a proliferação de plantas aquáticas que dificulta captação de água

sex, 26/10/2007 - 9h46 | Do Portal do Governo

O rio Paraíba do Sul sofre com a proliferação de plantas aquáticas da família das Macrófitas, popularmente conhecidas por Capituvas. A propagação destas plantas, que se alimentam de resíduos domésticos, é um problema sócio-econômico-ambiental que coloca em risco as estruturas das pontes e dificulta a captação de águas.

Para resolver este problema foi criado o Projeto de Obras de Remoção, Transporte e Disposição Final das Plantas Aquáticas no Paraíba do Sul que, por meio de uma parceria entre os governos Federal e do Estado de São Paulo, vai remover as capituvas nos pontos mais críticos do rio. O governo Federal encaminhou ao Congresso Nacional, no último dia 18 de outubro, uma Medida Provisória liberando R$ 2,5 milhões para execução desta limpeza.

“O plano de trabalho, com ações começando nos pontos mais críticos, foi entregue pelo governo do Estado ao Ministério da Integração Nacional no dia 5 de julho e, assim que os recursos chegarem, iniciaremos os trabalhos”, destacou Dilma Pena, Secretária Estadual de Saneamento e Energia.

Dilma explica ainda que o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), autarquia vinculada à Secretaria, deve assinar em novembro o convênio para contratação das obras de retirada das capituvas.

Para se ter uma idéia da urgência destes trabalhos, em setembro, o acúmulo das capituvas provocou o solapamento das cabeceiras da ponte que liga a região central de Caçapava à Vila Menino Jesus. Na ocasião, a prefeitura local decretou estado de emergência, que foi confirmado por um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e homologado pelo governador José Serra.

Capituvas – Também conhecidas popularmente como capim-arroz, crista-de-galo, capim-jaú e canevão, essa planta é nativa da Europa e Ásia. Ereta, com caules grossos e raízes profundas, tem ciclo biológico de duração entre 100 e 120 dias. Essas plantas se alimentam dos esgotos domésticos lançados sem tratamento no rio.

As capituvas formam verdadeiras ilhas que se desgarram de suas áreas de crescimento, na época das chuvas, e se acumulam junto aos pilares das pontes, formando barreiras que bloqueiam o lixo flutuante. Aos poucos, essas ilhas mudam o curso da correnteza, erodindo o aterro das cabeceiras das pontes, colocando em risco a sua segurança. O acúmulo de lixo favorece a proliferação de ratos e insetos, com prejuízos à saúde pública.

Além disto, o acúmulo de capituvas nos pontos de captação de água para abastecimento público e uso industrial provocam danos no sistema de captação e influem negativamente na qualidade da água. Quando morre, a capituva devolve grandes quantidades de potássio e cálcio na água, o que aumenta consideravelmente o custo do tratamento para abastecimento público.

Da Secretaria Estadual de Saneamento e Energia

(I.P.)