Lembo vistoria obras de restauro do Palácio Campos Elíseos
Governador visita exposição “Arte Sacra Petros”, no Museu da Arte Sacra
Palácio Campos Elíseos foi sede do governo estadual por 54 anos
Lembo vistoria acervo artístico do Palácio Campos Elíseos
O governador Cláudio Lembo visitou, neste sábado, 19 de agosto, o Palácio Campos Elíseos e os museus da Energia e da Arte Sacra, todos na região central da capital.
O Palácio Campos Elíseos, localizado na Avenida Rio Branco, está sendo restaurado. A obra encontra-se em fase de prospecção, na qual são realizados estudos e pesquisas da construção. É nessa etapa que se verifica, por exemplo, as diversas camadas de tinta utilizadas nas paredes e detalhes do prédio, até se chegar às cores originais. É uma espécie de mapeamento da obra.
O governador vistoriou as obras e também o acervo artístico do Palácio Campos Elíseos. “Felizmente vimos que o acervo está muito bem preservado”, afirmou. Lembo informou que está sendo estudada a possibilidade de inaugurar uma exposição com o acervo do Campos Elíseos no Palácio dos Bandeirantes, no dia 7 de setembro. “É para que todos os que visitem o Palácio possam ver essas obras clássicas brasileiras, do barroco brasileiro e algumas obras até greco-romanas. Acho muito interessante que todos nós possamos saber de nosso acervo histórico e cultural”, destacou.
O Palácio Campos Elíseos é uma obra do início do século 20. Foi sede do governo estadual, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico e residência de governadores por 54 anos.
O prédio foi construído pelo exportador de café Elias Antônio Pacheco Chaves para ser sua residência e foi vendida ao governo do Estado em 1911. Os governadores Washington Luís, Armando de Salles Oliveira, Ademar de Barros e Jânio Quadros viveram e despacharam no Campos Elíseos. Em 1965, a sede do Governo foi transferida para o Palácio dos Bandeirantes.
O projeto de construção foi elaborado entre 1890 e 1892, pelo arquiteto Matheus Häussler, e as obras, executadas em 1896 e 1897, foram dirigidas pelo arquiteto Hermann von Puttkamer, responsável pelo traçado de todo o bairro de Campos Elíseos. O Palácio sofreu diversas reformas e um grande incêndio e, agora, será restaurado.
Museu de Arte Sacra
Neste sábado, o governador também esteve no Museu de Arte Sacra, onde visitou a exposição ‘Arte Sacra de Petros’, com obras do artista mineiro Hélio Petros, dos séculos XX e XXI. O artista tem hoje 63 anos e faz uma releitura do barroco, com peças que podem ser consideradas neo-barroco. “Ele desfaz a densidade dramática do barroco dos séculos XVII e XVIII, buscando a leveza do rococó”, explica o monitor do museu, Antonio Marques. A mostra, que terminaria em 18 de junho, foi prorrogada por tempo indeterminado e ainda pode ser vista pela população.
Lembo também esteve na sala da taipa, onde é possível ver a técnica de construção do prédio, no século XVIII, a taipa de pilão. Lá estão expostos objetos que pertenceram ao Frei Galvão. Visitou o Presépio Napolitano e a mostra de miniaturas de presépios.
Composto por 1.620 peças, o Presépio Napolitano do século XVIII foi doado ao museu por Ciccillo Matarazzo e está exposição permanente na antiga “Casa do Capelão”, dentro do complexo do Mosteiro.
Durante a visita a essa área, o governador confessou que coleciona presépios. Ao longo de 25 anos, ele montou uma coleção com cerca de 100 presépios.
Localizado no Mosteiro da Luz, fundado e construído em taipa de pilão por Frei Galvão por volta de 1774, o Museu da Arte Sacra é considerado um dos mais importantes monumentos arquitetônicos coloniais paulistas. São mais de 4.000 obras de arte religiosa no acervo, entre imaginária sacra, retábulos, oratórios, objetos litúrgicos e livros raros dos séculos XVI ao XX.
Cíntia Cury
