Governador Cláudio Lembo
Governador no momento da condecoração do colar evocativo
Lembo homenageia a Cel. Fem. PM Fátima Ramos Dutra com o Colar Evocativo ao Sesquicentenário da Revolução Liberal de 1842
Lembo disse que em função da circunstância de ser o governador do Estado, tem recebido algumas honrarias, mas nenhuma delas o sensibilizou tanto como o colar
O governador Cláudio Lembo participou nesta quinta-feira, dia 5, em Sorocaba, da solenidade de outorga do “Colar Evocativo ao Sesquicentenário da Revolução Liberal de 1842”. O evento, realizado no quartel do CPI-7, integra as comemorações da Semana Tobias Aguiar.
Lembo passou em vistoria às tropas e, em seguida, recebeu a homenagem. Ele disse que, “em função da circunstância de ser o governador do Estado”, tem recebido algumas honrarias, mas nenhuma delas o sensibilizou tanto como o colar.
“Essa honraria representa a Revolução Liberal de 1842. E como liberal, essa é uma comenda que me honra muito. Creio que só por intermédio da liberdade, a sociedade possa efetivamente crescer, evoluir. Porém, a liberdade em si precisa de instrumentos de defesa da sociedade e entre as defesas da sociedade, está presente a nossa Polícia Militar”, disse o governador.
O colar, instituído pelo Comando de Policiamento de Área da Região de Sorocaba, tem como objetivo homenagear personalidades civis e militares e instituições públicas e privadas que tenham contribuído para o resgate histórico ou, de algum modo, prestado relevantes serviços ao Estado de São Paulo e seu povo.
Ainda agracia os que, com estes serviços vieram engrandecer o nome da PM e lembrança de seus fundadores e lideres, no período entre 1842 e 1992.
Ao todo, 36 pessoas foram agraciadas com o colar.
Na ocasião, estavam presentes a secretária-chefe da Casa Militar, cel. Fátima Ramos Dutra, o comandante geral da PM, Eliseu Éclair Teixeira Borges, o general da brigada do CPI-7, Abelardo de Souza Júnior, o prefeito de Sorocaba, Vítor Lippi, prefeitos dos municípios vizinhos, além de outras autoridades.
Revolução Liberal
Em 1842, eclodiu em São Paulo a Revolução Liberal, liderada por Rafael Tobias de Aguiar, que havia presidido a província de 1831 a 1835 e de 1840 a 1841. Ele detinha alta popularidade, pois tinha usado os recursos do próprio ordenado, nas escolas, obras públicas e na caridade.
Tobias de Aguiar liderou a Revolução Liberal com a ajuda, na região, do padre Diogo Antônio Feijó. A proposta principal era usar as armas para derrubar o presidente da província, o Barão de Monte Alegre.
Em 15 de maio de 1842, Sorocaba foi declarada capital provisória da Província de São Paulo e Tobias de Aguiar seu presidente interino. De imediato, foi formado um exército de 1,5 mil homens dispostos a tomar São Paulo e derrubar o governo do Partido Conservador. O grupo revoltoso tinha bases e apoio em diversas vilas do interior provinciano, como Itu, Itapetininga, Sorocaba e Capivari.
Em Campinas, o exército rebelde era comandado pelo capitão ituano Boaventura do Amaral. Ele morreu no Combate da Venda Grande, 1842. As frentes revoltosas foram eliminadas antes da marcha planejada sobre São Paulo. As forças imperiais eram comandadas por Luís Alves de Lima e Silva, então Barão de Caxias, que se tornaria depois o Duque de Caxias. Regente Feijó foi preso em junho daquele ano em Sorocaba. Tobias de Aguiar tentou fugir para o Rio Grande do Sul, mas acabou detido e levado ao Rio de Janeiro.
Brigadeiro Tobias
O brigadeiro Tobias de Aguiar nasceu em Sorocaba em 4 de outubro de 1794. Foi casado com a Marquesa de Santos, com quem teve seis filhos.
Em 1842, juntamente com o Padre Diogo Feijó, comandou a Revolução Liberal, e combateu a ascensão dos conservadores.
“O brigadeiro Tobias é uma figura importante da História. Ele acreditou na liberdade e por isso esteve preso por muito tempo. Foi preso porque acreditava que só a liberdade permite as pessoas evoluírem efetivamente”, destacou o governador Cláudio Lembo.
Tobias morreu em 1857, na província do Rio de Janeiro.
É patrono da PM de São Paulo, por ser considerado fundador da Força Pública.
