Lembo participa da cerimônia de posse de Celso Lafer na Academia Brasileira de Letras

Evento foi realizado no Rio de Janeiro

sex, 01/12/2006 - 22h00 | Do Portal do Governo

O governador Cláudio Lembo participou, na noite desta sexta-feira (1º/12), da cerimônia de posse do cientista político Celso Lafer, 65 anos, na sucessão de Miguel Reale, na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro.

O professor e ex-reitor da Universidade de São Paulo (USP) Miguel Reale ocupou a cadeira 14 da ABL nos últimos 31 anos. Reale morreu aos 95 anos, em abril deste ano.

Lafer, ex-ministro das Relações Exteriores, chefe da Missão Permanente do Brasil na Organização Mundial do Comércio, membro da Corte Permanente de Arbitragem Internacional de Haia, professor da Faculdade de Direito da USP e integrante da Academia Brasileira de Ciências, será o quinto ocupante da cadeira, fundada pelo professor e historiador Clóvis Bevilacqua, que tem como patrono Franklin Távora, advogado, jornalista, romancista e teatrólogo.

A cerimônia contou ainda com a presença do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Marco Aurélio Mello e do governador eleito de São Paulo, José Serra.

Fundada em 20 de julho de 1897, baseada no modelo da Academia Francesa, a ABL é composta por 40 membros efetivos e perpétuos, eleitos em votação secreta, e 20 sócios correspondentes estrangeiros. Tem como objetivo principal o cultivo da língua e a literatura nacional. O primeiro presidente da instituição foi Machado de Assis e o atual é Marcos Vinícios Vilaça.

Estatuto da Academia Brasileira de Letras

O estatuto da Academia Brasileira de Letras estabelece que para alguém pleitear uma vaga na ABL é preciso ser brasileiro nato e ter publicado, em qualquer gênero da literatura, obras de reconhecido mérito ou, fora desses gêneros, livros de valor literário.

Os imortais são escolhidos mediante eleição por escrutínio  secreto. Quando um Acadêmico morre, a cadeira é declarada vaga na Sessão de Saudade, e a partir de então os interessados dispõem de um mês para se candidatarem, por uma carta enviada ao presidente. A eleição ocorre três meses após a declaração da vaga.

A posse é marcada de comum acordo entre o novo acadêmico e o escolhido para recepcioná-lo. Lafer será recebido por Alberto Venancio Filho. De praxe, o vistoso fardão é oferecido pelo Governo do Estado natal do Acadêmico. Portanto, o fardão do paulista Celso Lafer será doado pelo Estado de São Paulo.