Com o encontro de estações, o Metrô conclui a interligação de 1.600 metros de túnel entre a futura estação Butantã e o poço de obras Ferreira de Araújo
As escavações estão sendo feitas a partir do corpo da estação Pinheiros, que possui 14,5 metros de diâmetro, bem maior que o túnel de vias do trem, com 9 metros
Governador Cláudio Lembo e o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes
O método de escavação utilizado é o New Austrian Tunneling Method ? NATM, ou ?túnel de mineração?, com o uso de explosivos
Com 27 frentes de trabalho, as obras da Linha 4 contam atualmente com 3.500 metros de túnel escavado
A linha vai operar com seis estações: Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista, República e Luz
Túnel tem nove metros de diâmetro
As obras na linha amarela do Metrô já estão bastante avançadas e nesta segunda-feira, dia 4, mais um importante passo foi dado para a sua conclusão: o primeiro encontro de túneis entre as futuras estações Pinheiros e Butantã. A interligação das duas frentes de escavação foi acompanhada pelo governador Cláudio Lembo e também por Jurandir Fernandes, secretário dos Transportes Metropolitanos, Luiz Carlos David, presidente do Metrô, e Rodrigo Garcia, presidente da Assembléia Legislativa.
Com o encontro de estações, o Metrô conclui a interligação de 1.600 metros de túnel entre a futura estação Butantã, na avenida Vital Brasil, e o poço de obras Ferreira de Araújo, na rua Ferreira de Araújo.
“Esta será a primeira interligação entre as estações da Linha 4 e possibilitará o trânsito de operários e máquinas de uma margem à outra do rio Pinheiros, sem interferências na parte externa”, lembrou Luiz Carlos David.
As escavações estão sendo feitas a partir do corpo da estação Pinheiros, que possui 14,5 metros de diâmetro, bem maior que o túnel de vias do trem, com 9 metros. O método de escavação utilizado é o New Austrian Tunneling Method – NATM, ou “túnel de mineração”, com o uso de explosivos.
“O Metrô é uma obra contemporânea, de altíssimo nível. E mais do que isso, manteve esse padrão administrativo ao longo dos anos. Por isso, ele tem uma boa utilização pelo público, que não destrói e não vandaliza”, destacou Cláudio Lembo.
Com 27 frentes de trabalho, as obras da Linha 4, que interligará por subterrâneo a Vila Sônia e a estação Luz, contam atualmente com 3.500 metros de túnel escavado, considerando estações e vias.
Segundo o secretário Jurandir Fernandes, a operação comercial da primeira etapa da Linha 4 está prevista para dezembro de 2008, com uma frota de 14 trens. “A linha vai operar com seis estações: Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista, República e Luz. E a demanda prevista nesta primeira etapa de operação é de 704 mil passageiros/dia”, disse.
Quando estiver totalmente concluída, em 2012, a Linha 4 passará a operar outras cinco estações (Vila Sônia, São Paulo/Morumbi, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Mackenzie/Higienópolis), com acréscimo de mais 15 trens em sua frota, e deverá transportar diariamente 970 mil pessoas.
Parcerias Público-Privadas (PPPs)
Durante a inspeção do governador Cláudio Lembo ao metrô de Pinheiros, ele foi questionado sobre a polêmica em torno das PPPs (Parcerias Público-Privadas) com o Sindicato dos Metroviários. Lembo disse ver a questão positivamente. “Acho que toda a vez que a sociedade tiver dúvida, deve procurar o Judiciário, que vai analisar. Nesse caso, o Judiciário de São Paulo já analisou e nós tivemos uma vitória na Câmara de Direito Público por 3 a 0”.
O governador garantiu que não haverá atrasos na obra por causa da discussão. “Não vai retardar a obra, porque não tem efeito suspensivo”, afirmou.
Nas PPPs, o Estado assume a liderança e busca alianças com o setor privado, para que este participe em uma ou mais etapas de um processo de investimento.
Manuela Sá
