Lei Seca: atendimento na Grande SP cai 46% em julho e agosto

Pronto-socorros realizaram 4.915 atendimentos a vítimas de acidentes entre 21 de julho e 17 de agosto

ter, 19/08/2008 - 10h19 | Do Portal do Governo

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde aponta que o número de atendimentos a vítimas de acidentes nos hospitais estaduais foi 49,2% menor nos dois primeiros meses de vigência da lei seca em relação ao período imediatamente anterior à entrada em vigor da medida que pune severamente quem dirige após tomar bebidas alcoólicas. Na comparação, houve cerca de 9 mil acidentados a menos.

De 21 de julho a 17 de agosto os 30 hospitais ligados à Secretaria com serviço de pronto-socorro na região metropolitana de São Paulo realizaram 4.915 atendimentos a vítimas de acidentes, 46% a menos que os 9.102 registrados no período de 19 de maio a 18 de junho. Entre 19 de junho e 20 de julho foram contabilizados 4.449 atendimentos, totalizando 9.364 ocorrências em aproximadamente 60 dias de vigência da nova lei. De 19 de abril a 18 de maio haviam sido 9.331 atendimentos nesses hospitais.

A ligeira alta do número de atendimentos a acidentados no segundo mês da lei em relação ao primeiro é creditada pela Secretaria ao maior número de veículos nas ruas em agosto, uma vez que julho é mês de férias escolares.

Na comparação com o período entre 21 de julho e 17 de agosto de 2007, quando os hospitais estaduais realizaram 8.824 atendimentos a vítimas de acidentes, a redução é de 44,3%. No ano passado foram registrados 7.741 atendimentos entre 19 de junho e 20 de julho, e 8.857 nos 30 dias imediatamente anteriores.

“A aprovação da lei seca, a fiscalização rigorosa nas ruas e a grande exposição do assunto na mídia nos últimos dois meses contribuíram decisivamente para que as pessoas começassem a mudar de hábito, evitando dirigir após beber. Com isso os acidentes diminuíram, poupando dezenas de vidas”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

Da Secretaria da Saúde