Legistas gaúchos elogiam equipes do IML paulista

Até a tarde desta quarta-feira, peritos paulistas identificaram 76 vítimas do vôo 3054

qua, 25/07/2007 - 17h21 | Do Portal do Governo

Integrantes do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul visitaram, na manhã desta quarta-feira, 25, o Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo. Os dois representantes do governo gaúcho conheceram o trabalho das equipes paulistas na identificação dos corpos do acidente que envolveu uma aeronave da empresa TAM, no dia 17 deste mês.

Durante entrevista concedida à imprensa ao término da visita, Manoel Constant Neto, médico legista do Rio Grande do Sul, deixou claro às pessoas o objetivo de sua presença em São Paulo: “Nenhum de nós veio aqui para fiscalizar alguma coisa. Viemos para poder dizer com propriedade às famílias que podem ter tranqüilidade, pois existe transparência no trabalho que está sendo executado”.

A visita dos legistas do Rio Grande do Sul se deu após um convite feito pelo Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Superintendência da Polícia Técnico-Científica nesta semana. Constant e Suzete Carvalho, odontolegista da Antropologia Forense, foram recepcionados pelo diretor da Polícia Técnico-Científica de São Paulo, Celso Perioli, pelo diretor técnico do Instituto Carlos Alberto de Souza Coelho, pelo diretor geral do IML, Hideaki Kawata, além de outros legistas do IML.

Durante o trajeto pelas dependências do IML, Constant elogiou os trabalhos realizados pelas equipes, bem como a dedicação e organização de todos os funcionários empenhados nas identificações. “Tenho certeza que tudo o que pode ser feito, vocês estão fazendo”, afirmou o legista a alguns funcionários que trabalhavam no local.

O médico-legista gaúcho ressaltou o fato da unidade de São Paulo ser referência em todo o País. “A medicina legal de São Paulo é um dos berços da medicina legal brasileira”.

Sobre a questão do número de funcionários emprenhados nas identificações, o legista passou sua experiência como profissional. “Esse tipo de trabalho não é influenciado pelo número de pessoas empenhadas. É extremamente especializado, são perícias bastante complexas e o estado dos corpos dificulta bastante todo o processo”, afirmou.

Além dos dois legistas, o presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CRM-SP), Henrique Carlos Gonçalves, também pôde ver de perto todo o empenho dos profissionais do IML na tentativa de identificar as vítimas o mais rápido possível: “Para o CRM é um orgulho poder notar que essas pessoas, que considero heróis, estão completamente empenhadas na identificação destas vítimas”.

Gonçalves apontou a questão da solidariedade com os parentes das vítimas. “O trabalho que presenciei aqui caracteriza solidariedade com as vítimas e parentes, além de notar a grande dedicação por parte dos funcionários do IML de São Paulo, que estão trabalhando diuturnamente”.

A odontolegista Suzete também relatou a impressão que teve dos trabalhos realizados pelo IML: “Não há o que acrescentar nos trabalhos da perícia paulista, pois é referência nacional.”

Da Secretaria Estadual de Segurança Pública