Eles têm um formato de gota de mel quase a se desprender, o que lhes confere uma dinâmica excelente quando dentro d’água. Assim são os leões marinhos da América do Sul. Em terra surpreendem pela aparência desajeitada, apoiando-se sobre as mãos e seus pés rudimentares como que não tendo pernas.
Sempre evocam a imagem duma criança com seus olhos enormes e saltados. Mugem como gado. Eles são estritamente carnívoros e só se alimentam de peixe. O leão marinho recém nascido em São Paulo recebeu o nome de Tchiri, que significa ‘frio’ no idioma quechua.
No zoológico de São Paulo adaptou-se para eles o recinto antes ocupado por Nabo, o rinoceronte indiano que faleceu há uns quatro anos.
Embora seu nome signifique ‘o frio’ num dos idiomas ameríndios, Tchiri na verdade é duma espécie que não se aventurou ao continente polar Sul; distribui-se, sim, pelas costas oriental e ocidental do cone inferior da América do Sul, sendo vista, às vezes, até no litoral Norte do Brasil. É comum saber da presença de algum leão marinho pelas regiões de Santos ou Ubatuba.
A mãe de Tchiri, Puiú, tem se mostrado uma super-mãe. Amamenta, ‘salva’ seu filhote da água agarrando-o com a boca pela nuca. Os leões marinhos, em geral, gostam da presença de crianças.
Ficha técnica
Nome científico – Otaria byronia
Peso ao nascer – em média 12 kg
Peso de macho adulto – até 300 kg
Peso de fêmea adulta – até 150 kg
Comprimento do macho adulto – até 260 cm
Comprimento da fêmea adulta – até 200 cm
Comprimento do filhote Tchiri – 72 cm
Área de seu recinto do Zoológico de São Paulo – quase 1.000 metros quadrados
Confortos – três piscinas, dois dormitórios, área sombreada, cascatinha e interação com os tratadores
Horários de alimentação no zôo – 10 e 16 horas