Laboratório de Solos de Araraquara é 100% de excelência

Laboratório da Unesp obteve o 1º lugar entre os 84 laboratórios avaliados no Programa Anual Ensaio de Proficiência do IAC

dom, 08/04/2007 - 16h12 | Do Portal do Governo

O Laboratório de Análise de Solos do Instituto de Química (IQ), campus de Araraquara da Unesp, obteve o índice de 100% de excelência e o 1º lugar entre os 84 laboratórios avaliados no Programa Anual Ensaio de Proficiência do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) para Laboratórios de Análise de Solos para fins Agrícolas, ocorrido em março passado. O Instituto Agronômico de Campinas é um órgão da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

A atribuição do índice de 100% de excelência a um laboratório é inédita, disse a química Maria Cristina Passos Sartori, responsável pelo Laboratório de Solos. Para ela, a análise de solo é uma prática indispensável para quem deseja obter sucesso na agricultura. É uma ferramenta que oferece um diagnóstico completo das necessidades da terra. No Brasil, ainda segundo a química, alguns agricultores fazem a adubação a olho, e os resultados nem sempre são os esperados”, pondera.

Conceito A – Na mesma avaliação, os Laboratórios de Análise Química do Solo para Fins de Fertilidade e de Análise Física de Solo da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), campus de Botucatu da Unesp, receberam o conceito A. Com as notas obtidas, os três laboratórios poderão utilizar o selo de controle de qualidade do IAC nas análises que realizarem.

A análise de solo para fins de fertilidade antes do plantio é empregada para diagnosticar problemas de acidez, deficiências de nutrientes e são fundamentais para o uso correto e a escolha do tipo de fertilizantes e calcários e as doses adequadas. Os custos desses materiais representam entre 20% a 40% da produção da lavoura.

Sem saber com precisão o nível de fertilidade da terra, o agricultor corre o risco de colocar nutrientes em doses inadequadas e comprometer o resultado da produção. “Foi-se o tempo em que a cor da terra era o único indicador de fertilidade”, comenta Maria Cristina, que realiza esse trabalho há 20 anos.

O IAC realiza este programa desde 1984, mas o Selo de Qualidade aos melhores laboratórios só passou a ser distribuído a partir de 1989. O pioneirismo do IAC na área de análise de solo, aliado ao fato de ser o responsável pelo desenvolvimento de métodos químicos de análise, o credenciou a coordenar o Programa Anual “Ensaio de Proficiência”. “A participação de laboratórios públicos ou privados no programa é voluntária, no entanto, esta é forma de aferir a qualidade do trabalho, uma exigência do mercado”, diz o pesquisador Heitor Cantarella, coordenador do programa e que pertence a Seção de fertilidade do solo do IAC.

O Laboratório de Nutrição Mineral de Plantas da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), campus de Botucatu, recebeu o conceito A junto ao Programa Interlaboratorial de Análise de Tecido Vegetal, organizado pela Escola Superior de Agricultura Luís de Queiroz (ESALQ) da USP, em novembro de 2006. Cerca de cem laboratórios participaram da avaliação.

Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp

(R.A.)