O Secretário Estadual da Habitação e presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Lair Krähenbühl, esteve reunido na sexta-feira, 24, com o deputado estadual José Augusto. A audiência teve como objetivo discutir a construção de edifícios ecologicamente sustentáveis. Na ocasião, o deputado apresentou ao secretário dois projetos de lei de sua autoria, em tramitação na Assembléia Legislativa, que contribuem para preservação do meio ambiente.
Um diz respeito à instalação de sistema solar de aquecimento de água em prédios públicos e outro à exigência da certificação da entrada de madeira no Estado de São Paulo. Esses projetos se alinham à diretriz da Secretaria da Habitação, que está empenhada em melhorar a qualidade das moradias de interesse social, agregando aspectos de cunho ambiental.
Segundo o secretário Lair Krähenbühl, o Governo do Estado está incorporando tecnologias e recursos avançados para que os conjuntos habitacionais sejam ecologicamente sustentáveis. Segundo ele, as obras da CDHU iniciadas em 2007 já exigem o uso de madeira certificada por meio do plano setorial da qualidade do Programa da Qualidade da Construção Habitacional do Estado de São Paulo (Qualihab). O programa envolve entidades que representam setores da construção civil que aderiram ao projeto de qualidade da CDHU.
A Secretaria da Habitação também está adotando o uso de aquecimento solar nos novos empreendimentos. “Nós vamos utilizar energia solar nas novas residências para o aquecimento da água do chuveiro e já usamos a madeira certificada na construção de nossas moradias. Com isso contribuímos para a preservação das florestas naturais no Brasil. Sem dúvida nenhuma, a energia solar e a madeira com certificado, além de viáveis economicamente são alternativas valiosas para a preservação do meio ambiente”, afirmou Lair Krähenbühl.
De acordo com a proposta do deputado José Augusto, as novas edificações públicas terão nas suas instalações hidráulicas sistemas de aquecimento solar para cobrir, no mínimo, 40% de toda a demanda anual de energia necessária aquecimento da água. “O Brasil tem condições favoráveis para o aproveitamento do sol nos sistemas de aquecimento.
Diferente das outras energias, a solar não causa impacto ao meio ambiente. Os moradores dos edifícios também terão benefícios com a economia que será propiciadas nas contas de luz”, justifica o deputado.Já o uso da madeira certificada tem como objetivo coibir o desmatamento sem planejamento e as queimadas, o que contribuirá para reduzir a emissão de gás carbônico, que é o principal causador do efeito estufa e consequentemente do aquecimento global.
O deputado José Augusto propõe uma política de fomento à utilização de madeira certificada em obras e serviços públicos e privados no Estado. Ele afirmou que a construção civil, as madeireiras, a indústria moveleira, bem como outros setores que comercializam ou utilizam madeira como matéria prima ou no processo de fabricação terão que implantar o uso de madeira certificada na proporção de 5% ao ano. Em 20 anos, o resultado será um controle total da entrada do produto em São Paulo.
Victor Emanuel Lopes
Da Secretaria Estadual da Habitação
(I.P.)