A Secretaria da Justiça vai sediar na próxima terça-feira, 8 de agosto, uma oficina sobre o atendimento de crianças em abrigos.
A iniciativa faz parte do programa de prevenção ao tráfico de crianças e adolescentes do Escritório de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, que vai levar especialistas para debater as questões no auditório da Secretaria da Justiça.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a atividade é a terceira mais lucrativa para o crime organizado, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas.
“Calcula-se que 85% das pessoas traficadas são mulheres, para fins de exploração sexual. Nos demais casos, o tráfico ocorre com a finalidade de trabalho escravo e transplante de órgãos”, afirma Débora Giannico, coordenadora do escritório.
2ª Oficina de Formação para Construção de metodologia de Atendimento em Abrigo
A abertura da oficina será às 8h30 com a secretária da Justiça e da Defesa da Cidadania, Eunice Prudente, , secretário Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, , subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, , diretora do “Cedeca Paulo Freire”, Francisca R. de Oliveira Pini, , diretor Instituto Dom Bosco, Pe. André Cunha de Figueiredo Torres, e , diretora do Programa Partners of the Americas/ICA, Leila Paiva.
Já às 9 horas haverá apresentação da Equipe de Referência do Município de São Paulo no Programa e às 9h30 apresentação do Mapeamento dos Serviços de Atendimento a Crianças e Adolescentes no Centro de São Paulo.
Às 10 horas, Leila Paiva e Rosário Ferreira apresentam a concepção de abrigo do programa. Às 11 horas, elas vão expor os conceitos de Tráfico de Crianças e Adolescentes para fins de Exploração Sexual. No período da tarde, o tema será Construção do Fluxograma Ideal de Atendimento a Crianças e Adolescentes Vítimas de Tráfico para Fins de Exploração Sexual.
Na segunda-feira, 7 de agosto, às 20 horas, haverá exposição do filme Anjos do Sol no Cine Olido. Entrada Franca.
Escritório de Prevenção e Combate ao Tráfico de Seres Humanos
Instalado na Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, o escritório tem por objetivo garantir orientação e atendimento adequados às vítimas e familiares, além de ser uma fonte de informação para os profissionais e ativistas envolvidos com o tema e para o público em geral.
O escritório também promove a sensibilização e formação de autoridades e agentes policiais, operadores do direito, entre outros.
Estudo
Com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre esse tema complexo, a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, em parceria com a Secretaria Nacional de Justiça e o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (Unodc) promoveu o estudo “Indícios de tráfico de pessoas no universo de deportadas e não admitidas que regressam ao Brasil via aeroporto de Guarulhos”.
A pesquisa foi elaborada durante março e abril do ano passado, no aeroporto de Guarulhos, com pessoas impedidas de entrar ou deportadas de países europeus. Abordaram-se 226 pessoas, sendo que 175 responderam o questionário. Desse número, 22% foram deportadas e 76% foram impedidas de entrar no país de destino. Um total de 92,6% dos entrevistados são do sexo feminino, 5,1% do sexo masculino e 2,3% se declararam transgêneros.
Situação no Brasil
Estudos apontam que, além da inserção feminina, há registro de pessoas do sexo masculino no mercado sexual. Também existem variações de crianças e adolescentes, inclusive de classe média, com idade entre 12 e 18 anos. A maioria é afrodescendente e migra internamente ou para fora do país.
Da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania
