Justiça: Febem inaugura primeira unidade do País para jovens com problemas psicológicos

Unidade terá capacidade para atender 40 adolescentes, distribuídos em cinco casas, com oito jovens em cada uma

dom, 17/12/2006 - 16h51 | Do Portal do Governo

A Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem/SP) inaugura na segunda-feira, dia 18, a primeira Unidade Experimental de Saúde do País voltada ao atendimento de adolescentes infratores com problemas psicológicos e condutas anti-sociais.

Localizada na rua Juvenal Gomes Coimbra, nº 10, no bairro do Catumbi, em São Paulo, a unidade especial terá capacidade para atender 40 adolescentes, distribuídos em cinco casas, com oito jovens em cada uma. O custo para a construção da obra foi de cerca de R$ 2,5 milhões.

Parceria

Todo o gerenciamento da Unidade Experimental de Saúde será feito em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/Escola Paulista de Medicina) e com a Associação Beneficente Santa Fé – organização não-governamental com tradição e reconhecimento no desenvolvimento de ações voltadas ao bem-estar social. A equipe de funcionários da unidade será chefiada pelo professor doutor de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina, Raul Gorayebe, um dos idealizadores do projeto.

“Possuiremos toda a infra-estrutura necessária ao desenvolvimento de um sistema o mais próximo possível da vida familiar comum em nossa cultura”, explica Gorayebe. “Teremos área para a prática de esportes, dependências para salas de aula, oficinas para o desenvolvimento de atividades artesanais e artísticas, sala e material adequado para informática e, como ponto nobre desta estrutura, uma biblioteca que será estrategicamente usada no trabalho cotidiano com os moradores”.

Ainda segundo Gorayebe, a equipe técnica de funcionários da unidade trabalhará em um esquema conhecido como Ambientoterapia, tratamento no qual se utiliza atividades rotineiras do dia-a-dia com o objetivo de efetuar intervenções psicológicas que venham a ter efeitos terapêuticos e socializantes.

“Penso que a única saída para a questão da marginalidade social dos jovens em nossa sociedade é assumirmos nossas responsabilidades diante do problema, uma vez que é preciso reconhecer, hoje mais do que nunca, que os homens são fruto da sociedade onde vivem, e não estamos mais nos tempos da Santa Inquisição, onde se atribuía ao demônio (hoje à genética) a culpa dos desvios sociais”, afirma o professor da Unifesp. “Isto se fará se pudermos mostrar competência e eficácia no cuidado com aqueles que a própria sociedade, de algum modo, transformou em um problema”.

Data: segunda-feira, dia 18/12/06

Horário: 9 horas

Local: rua Juvenal Gomes Coimbra, 10, Catumbi – São Paulo

Da Febem