A secretária da Justiça e o secretário do Meio Ambiente se reuniram nesta segunda-feira, 3 de julho, para tratar dos problemas relacionados ao Quilombo de Caçandoca, que sofre com a especulação imobiliária, invasões, caçadores ilegais e também com as constantes autuações ambientais, por ainda não ter um plano de manejo aprovado pela Sema (Secretaria do Meio Ambiente).
A secretária Eunice Prudente relatou os problemas registrados durante a visita e também os apontados pelos moradores, principalmente a forma de abordagem da Polícia Florestal. José Goldemberg recebeu os informes e prometeu corrigir possíveis problemas e imediatamente organizou uma equipe para visitar o local e fazer o levantamento pertinente, já que parte do perímetro está em área de parque federal e outra, estadual. A partir desse trabalho, os moradores terão maiores facilidades para o cultivo de subsistência, sem agredir a mata Atlântica.
A própria Secretaria da Justiça entrou com uma ação civil pública para garantir o direito de permanência dos quase 200 quilombolas, divididos em 52 famílias na área. Eles possuem documentação do século passado, que lhes garante a posse dos 890 hectares já reconhecidos pelo Itesp. Caçandoca é dividida em dois núcleos, com várias áreas e praias paradisíacas. A ganância do setor imobiliário é o principal motivo da intranqüilidade na região, segundo os quilombolas.
Também foi acertada elaboração futura de uma cartilha de orientação para comunidades tradicionais, no caso quilombolas, para compreensão dos limites de ação das atividades agrícolas, legislação e outras garantias e serviços que melhorem a qualidade de vida no quilombo.
Da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania
