Juros bancários registram queda em março, diz Procon

Banco Real baixa taxa de empréstimo pessoal e HSBC diminui o juro do cheque especial

seg, 09/03/2009 - 9h39 | Do Portal do Governo

Pesquisa realizada pela Fundação Procon, órgão vinculado a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania indica queda pelo terceiro mês consecutivo nas taxas de juros bancárias – empréstimo (0,99%) e cheque especial (0,01%).

O levantamento, realizado no último dia 3, comparou valores praticados por dez instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco:

Empréstimo Pessoal – A taxa média foi de 5,80% a.m., inferior a do mês anterior, que foi de 5,89% a.m., um decréscimo de 0,09 ponto percentual. A queda partiu do Banco Real, que alterou de 7,35% para, 6,36% a.m. Já a alta foi verificada no HSBC, com acréscimo de 0,13 ponto percentual, passou de 4,57% para 4,70% a.m.

Cheque Especial – A taxa ficou em 9,17% a.m., baixa de 0,01 ponto percentual em relação ao mês passado. Apenas o HSBC reduziu a taxa, passou de 9,57% para 9,47%.

Os outros bancos permaneceram com os mesmos valores de taxas de empréstimo e cheque especial verificados no mês passado.

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

A Fundação Procon entende que os cortes promovidos pelas instituições financeiras devem ser analisados com cautela pelos consumidores. Os spreads bancários (diferença entre o que os bancos pagam nas suas captações de recursos e o que cobram dos clientes nos empréstimos) estão em níveis muito altos, fazendo com que o Brasil lidere o ranking mundial da taxa de juros reais.

Com a queda generalizada da renda, o orçamento apertado e a ameaça de desemprego, o consumidor deve evitar dívidas, priorizando a subsistência da família e recorrendo ao crédito somente após uma criteriosa avaliação.

Se puder, convém esperar taxas mais convidativas. Deve evitar, sobretudo, a utilização do Cheque Especial, que tem uma das maiores taxas do mercado.

Do Procon