Jovens da Fundação Casa participam de competição oficial de karatê

Eles vão disputar no domingo (25/2) a Copa Caçapava de Karatê Interestilos

sex, 23/02/2007 - 12h10 | Do Portal do Governo

Pela primeira vez na história da Fundação Casa, cinco internos vão participar de uma competição oficial de karatê. Os jovens de duas unidades de Ribeirão Preto, vão disputar no próximo domingo (25/2) da Copa Caçapava de Karatê Interestilos.

Dos cinco adolescentes, três pertencem à Unidade de Internação (UI) Ribeirão Preto. Os outros dois são da UI Rio Pardo. Os atletas começaram a treinar karatê com o professor Carlos Eduardo Michelin, funcionário da Fundação Casa que ensina a arte marcial a 36 internos das duas unidades nas horas vagas.

Os cinco atletas foram os que mais se destacaram nas aulas de Michelin. “Eles se dedicaram muito nos treinamentos, por isso, estão tendo está chance de participar do torneio”.

O campeonato, que será realizado no Ginásio Municipal de Ribeirão Preto, é organizado pela Federação Paulista de Karatê.  A entidade permitiu que os adolescentes participem como convidados especiais.

Portanto, os cinco jovens vão competir na categoria iniciação, de acordo com a faixa etária dos competidores. Após o torneio, os atletas da Fundação terão a chance de serem federados, o que permitirá a participação em outras competições da federação ou da Confederação Nacional de Karatê Interestilos.

Efeito pedagógico

As aulas de karatê começaram a ser ministradas há um mês por Michelin. Acontecem às segundas, quartas e sextas-feiras, com uma hora e meia de duração. O projeto de Ribeirão Preto é pioneiro no Brasil. A idéia dos organizadores é espalhar o projeto para outras duas cidades, Sertãozinho e Taquaritinga.

“Durante as aulas os adolescentes esquecem que são infratores e voltam à infância que eles perderam”, diz Michelin. O mestre explica que, para participar de suas aulas, os internos passam por uma seleção rigorosa. No processo, são levados em conta o comportamento, a participação e a disciplina do interno.

Os resultados já estão sendo sentidos. “O esporte permite desenvolver a disciplina, a concentração e a solidariedade. Já percebemos resultados nas atitudes, gestos e olhares dos que praticam a modalidade”, afirma o diretor César Augusto Carvalho Soares. “Este é um trabalho de ressocialização para que os jovens infratores possam perceber seus erros. Se o adolescente tem um desafeto, por exemplo, saberá conviver com isso, sem apelar à violência”.

Para um dos cinco adolescentes que vão competir no domingo, o karatê traz tranqüilidade, além de ensejar a reflexão sobre a importância do “respeito ao próximo”. “Aqui não pensamos nas besteiras que cometemos, e o dia passa mais rápido”, diz o atleta, de 18 anos.

Da Assessoria de Imprensa da Fundação Casa

 

(AM)