Jovens da Fundação CASA Itapetininga viram educadores para crianças carentes

Adolescentes trocam de papel por um dia e fazem trabalho assistencial para crianças com idades entre três e dez anos

sex, 19/11/2010 - 10h00 | Do Portal do Governo

Pelo terceiro ano consecutivo, a unidade da Fundação CASA Esperança, em Itapetininga, realiza o Projeto Lins – Trocando de Papéis. Os adolescentes que cumprem medida socioeducativa se doam um dia para a comunidade da região e realizam atividades sociais que proporcionam alegria e esperança para crianças carentes. O evento acontecerá nesta sexta-feira, 19, dentro da CASA Esperança.

Segundo a articuladora social da unidade, Thais Albuquerque, o objetivo é fazer com que os adolescentes passem de educandos à educadores. “É preciso indicar o caminho da educação para os nossos jovens reconheçam a importância do trabalho social e também valorizem a condição de quem está apto a ensinar”, diz.

Os jovens recepcionarão 14 crianças carentes que são atendidas pelo Projeto Semeia I, vinculado à prefeitura de Itapetininga. As crianças têm idades entre três e dez anos irão para a Fundação CASA Esperança acompanhadas pelos monitores responsáveis. De acordo com a psicóloga e coordenadora do projeto, Regina Matarazzo Proença, esta ação é um convite para que todos ajam da mesma forma e dêem sua contribuição para uma sociedade mais justa.

“É extremamente importante achar alternativas para lidar com as emoções das crianças”, explica Regina. “Somente a educação oferecida pela escola não basta. A atitude da Fundação CASA é benéfica tanto para as crianças, pela alegria e descontração, quanto para os adolescentes, que adquirem responsabilidade e consciência social”.

Na programação estão previstas atividades lúdicas como pintura de rosto, desenho, amarelinha, danças e a apresentação do grupo de teatro “Detrás do Pano”, parceiro da unidade Esperança, com a peça infantil “A Revolta dos Brinquedos”. Além disso, as crianças serão presenteadas com brinquedos confeccionados pelos próprios adolescentes durante as aulas da oficina de educação profissional de técnicas de pintura e colagem em madeira.

A diretora da CASA Esperança, Rosana da Silva Vieira, ressalta a participação ativa da comunidade externa que contribuirá com doces e salgados para o evento. “Todos se mostram envolvidos no projeto. Recebemos doações de algodão doce, pipoca, cachorro quente, chocolate e refrigerantes”, declara Rosana. “É gratificante ver que todos se interessam pelo nosso trabalho. Essa é uma forma da sociedade reconhecer as atividades da Fundação CASA”.

Por que Lins? 

O nome do evento é uma homenagem ao funcionário que propôs este tipo de atividade. “Nossa gestão dentro da CASA Esperança sempre foi aberta aos servidores. Queremos que eles sejam participativos e ofereçam sugestões para aperfeiçoar nosso trabalho”, explica a diretora Rosana. “Há três anos, um funcionário propôs que os adolescentes da CASA tivessem um dia em que colaborassem com o trabalho voluntário. Daí, o projeto foi batizado com o seu sobrenome”.

Da Fundação CASA