O sonho de buscar as gargalhadas do público começa a ser realizado por um adolescente do Internato Pirituba, da Fundação Casa. Desde janeiro, ele participa das aulas nas modalidades solo e aéreo (palhaço, malabaris, acrobacia, cama-elástica e tecido) por meio de uma bolsa integral cedida pelo Projeto Circo Inclusão Social, mantido pela Academia Brasileira de Circo e Prefeitura de São Paulo.
O curso é diário, profissionalizante, tem duração média de 24 meses e é ministrado no bairro da Água Branca. Para poder participar, o interno teve que passar por uma avaliação de comportamento e de aptidão. De segunda a sexta-feira, funcionários acompanham o novo aluno, que tem três horas diárias de aulas.
A idéia de aprender a arte do picadeiro partiu do próprio jovem do Internato Pirituba. Certo dia, numa sessão com a assistente social da unidade, ele confessou que gostaria de aprimorar seus conhecimentos circenses. Comovida, a funcionária buscou todo tipo de ajuda, até que conseguiu a bolsa integral pela Academia Brasileira de Circo.
A partir daí, o circo entrou no sangue do adolescente. “Ele reconhece nosso trabalho de poder ter dado esta oportunidade. Estas aulas ajudam na sociabilidade e no resgate à cidadania”, diz o diretor de Pirituba, Alexandre dos Santos Teixeira. Projeto Inclusão Social – O projeto que permitiu o ingresso do adolescente nas aulas de circo é mantido por uma parceria da Academia Brasileira de Circo e da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social.
Além do jovem da Fundação Casa, as aulas são oferecidas para estudantes da rede pública, na faixa etária de 14 a 23 anos. O objetivo do programa, além de dar formação profissional, é tirar crianças da rua e melhorar a auto-estima dos alunos.
O curso tem quatro módulos: fase preparatória básica, montagem de apresentações, aprofundamentos de técnicas circenses e profissionalização.
Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
(R.A.)