Jovem da Fundação Casa entra na faculdade e consegue trabalho

Aos 17 anos, o rapaz já passou pelas unidades de internação provisória e de semiliberdade da Fundação

qua, 18/02/2009 - 10h46 | Do Portal do Governo

Além de ser aprovado no vestibular, adolescente que cumpre medida socioeducativa de semiliberdade na Fundação Casa conseguiu bolsa de 45% para realizar o curso de Logística, na Faculdade Flamingo, capital. Após atuar como aprendiz em projeto desenvolvido por instituição estadual, ele também acaba de obter um emprego. Aos 17 anos, o rapaz já passou pelas unidades de internação provisória e de semiliberdade da Fundação Casa. Em razão do seu bom comportamento, conseguiu ser encaminhado para o Projeto Aprender Trabalhando, da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), vinculada à Secretaria de Estado da Educação.

No projeto, o garoto atuou como aprendiz de serviços de mixagens de livros e descobriu o que vem a ser logística. “Nesse trabalho, eles cuidavam dos livros que a secretaria compra para a rede estadual de ensino. Aprenderam a organizar a chegada e distribuição dessas publicações”, explica a analista técnica da Fundação Casa, Janaina de Brito, que trabalha com os meninos atendidos pelo projeto. Para a agente educacional Alessandra Rocha, o adolescente é exemplo de disciplina. “Quando ficou em liberdade assistida vinha trabalhar de bicicleta. Sempre estudou e demonstrou muito interesse”.

Agora o rapaz – que está na fase final do trabalho como aprendiz – acaba de ser contratado por uma empresa terceirizada para desenvolver as tarefas que realizou durante o projeto na FDE.

Participam do projeto 20 jovens, que trabalham com mixagens de livros e recuperação de mobiliário. Pela atividade que executam como aprendizes, recebem R$ 400. A sede da iniciativa fica na Vila dos Remédios, zona oeste de São Paulo. Resultado de convênio entre a Fundação Casa e a Secretaria de Estado da Educação, a ação é direcionada para jovens em semiliberdade. “Em 2008, atendemos 60 adolescentes”, informou a agente educacional Alessandra. Ela explica que o período de atendimento é de seis a oito meses.

Para fazer parte do grupo, o jovem que cumpre medida socioeducativa em semiliberdade precisa estar matriculado em ensino regular, ter maturidade e excelente comportamento. “Com esses atributos, pode ser indicado pela direção da unidade para o projeto”, afirma a gerente de Educação Profissional da Fundação Casa, Ana Maria da Silva.

Da Fundação Casa