José Serra dá início a obras do Trecho sul do Rodoanel

Mais uma etapa da maior obra rodoviária do Brasil saiu do papel, com o começo das atividades do trecho sul do Rodoanel Mario Covas. No final da manhã desta segunda-feira, 28, em Mauá, o governador José Serra acionou a máquina que deu o início simbólico aos trabalhos da nova rodovia que vai atravessar sete municípios paulistas.

O custo deste trecho está orçado em R$ 3,6 bilhões, o que inclui, além da construção da rodovia (estimada em R$ 2,58 bilhões), desapropriações, reassentamentos e compensações ambientais. “Conseguimos esses recursos com economias, com esforço de arrecadação, com maior eficiência”, destacou o governador José Serra.

Segundo ele, haverá uma contribuição federal que equivale a um terço da obra – os outros dois terços são do governo do Estado. “Eu espero que a contribuição federal se materialize, porque essa não é uma obra somente para São Paulo, essa é uma obra para o Brasil”, salientou. “É uma rodovia cara, mas que traz benefícios diretos em matéria de desenvolvimento econômico e social”.

A obra é tão vital para a economia nacional que o governador José Serra fez questão de lembrar de um dos principais indicadores econômicos estrangeiros. “O Rodoanel vai diminuir o Custo Brasil, porque boa parte das exportações brasileiras é feita pelo Porto de Santos”.

A previsão de entrega da estrada está marcada para abril de 2010. Segundo cálculos da Dersa faltam hoje exatamente 1.065 dias para os primeiros veículos trafegarem pelo novo complexo viário. Somado ao trecho oeste, o Rodoanel vai permitir a interligação entre as rodovias Bandeirantes, Anhanguera, Castello Branco, Raposo Tavares, Régis Bittencourt, Anchieta e Imigrantes. “O Rodoanel vai facilitar enormemente a circulação de mercadorias”, frisou Serra, fazendo referência ao escoamento da produção industrial de todo o país.

O trecho a ser construído tem 61,4 quilômetros de extensão – da rodovia Régis Bittencourt, em Embu, à Avenida Papa João XXIII,  em Mauá. Serão 57 quilômetros de pista em diversas cidades e  4,4 quilômetros de via  em Mauá. A estrada vai passar pelas cidades de Itapecerica da Serra, São Bernardo do Campo, Santo André e Ribeirão Pires.

Oito frentes de trabalho estão operando nos cinco lotes correspondentes aos consórcios que atuam na obra: Andrade Gutierrez / Galvão (lote 1), Norberto Odebrecht / Constran (lote 2),  Queiroz Galvão / CR Almeida (lote 3), Camargo Corrêa / Serveng (lote 4) e OAS / Mendes Júnior (lote 5).

Tão logo concluído e integrado ao trecho oeste, o Rodoanel vai promover uma diminuição de 43% no fluxo de caminhões na Marginal do Rio Pinheiros e de 37% na Avenida dos Bandeirantes. “Pode-se imaginar o alívio que isso vai trazer para o trânsito na Capital e na Grande São Paulo”, disse o governador.

O trecho sul será uma rodovia de classe zero, ou seja, de alta velocidade, com poucos acessos e controlado em toda a extensão. Terá pista dupla, com três ou quatro faixas de tráfego em cada sentido, com 3,6 metros de largura cada, faixa de segurança de 1 metro, acostamento de 3 metros, e um canteiro central gramando de 11 metros de largura.