Jacu Pêssego vai ligar Rodoanel ao Aeroporto de Guarulhos

Obras de metade do complexo já foram concluídas

sáb, 05/07/2008 - 11h57 | Do Portal do Governo

Desafogar o trânsito na zona leste da região metropolitana de São Paulo. Essa é a missão do Complexo Jacu Pêssego, um conjunto de pontes, viadutos e vias rápidas que se estendem por mais de 30 quilômetros entre o Rodoanel Mário Covas, em Mauá, e o Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos. Com metade da obra concluída, o complexo foi projetado para integrar as rodovias Dutra e Ayrton Senna, a Radial Leste e a Zona Industrial de Itaquera. Com isso não só alivia o transtorno de milhares de motoristas como estimula o desenvolvimento sócio-econômico da região.

O novo eixo viário traz novas conexões entre diferentes pontos da região, como uma saída de Mauá para o Rio de Janeiro. Outra novidade é o fim do ziguezague que os motoristas da zona leste da capital enfrentavam ao se dirigirem ao norte do Estado. Antes era preciso percorrer boa parte da Radial Leste em sentido contrário ao destino para só então acessar a Marginal Tietê e seguir em direção a cidades como São José dos Campos e Aparecida.

Quem também ganha com as obras são as empresas da região, que passam a contar com novas alternativas para o trânsito de cargas. A justificativa é simples: o sistema atuará como uma espécie de trecho leste do Rodoanel, movimentando o trânsito entre pólos de fluxo de diferentes localidades. Conectando-se aos outros dois trechos (sul e oeste) do Rodoanel, o complexo dá acesso a nove das dez rodovias que passam pela capital (apenas a Fernão Dias fica de fora).

Trecho norte

A primeira etapa do trecho norte do complexo Jacu Pêssego foi entregue pelo governador José Serra no dia 20 de dezembro do ano passado. Na ocasião, a população ganhou uma alça que liga a rodovia Ayrton Senna à Avenida Jacu-Pêssego, aliviando o trânsito na Avenida Assis Ribeiro – até então, quem desejava acessar a Jacu-Pêssego tinha apenas a Assis Ribeiro como alternativa. “O complexo vai trazer muito emprego para cá, porque vai facilitar o acesso e a comunicação direta entre regiões industriais que hoje têm que passar por São Paulo”, anunciou à época o governador.

De quebra, o governador anunciou a construção do Parque Jacuí, transformando os terrenos remanescentes do viário da região em áreas verdes. “Será mais um na série de parques novos que surgem na cidade. Estamos recheando a área da cidade e da Grande São Paulo de parques”, afirmou o governador.

No dia 27 de junho a etapa foi completa com a inauguração de três novas alças: da Jacu Pêssego para a Ayrton Senna nos dois sentidos e outra da rodovia para a Jacu Pêssego. Para tanto foram investidos R$ 368 milhões (sendo R$ 185 milhões do Tesouro do Estado, R$ 119 milhões da prefeitura da capital e R$ 64 milhões da União) na construção de pontes, viadutos, sinalização, pórticos, defensas e iluminação, além de um prolongamento entre a Avenida Frei Fidelis Mota (no final da rua Dr. Assis Ribeiro) e a rodovia Ayrton Senna (SP-070).

A previsão inicial é de que as obras do Jacu Pêssego beneficiem mais de um milhão de motoristas: são 25 mil veículos por dia em trânsito local e 80 mil por dia em viagem.

O que falta fazer

Quando for concluído, em 2010, o Complexo Jacu Pêssego contará com 31,4 quilômetros. Ainda faltam duas etapas de obras, com previsão de início para janeiro do ano que vem. São elas:

Trecho sul  – Terá 9,9 quilômetros (sendo 6,7 quilômetros no municípios de São Paulo e 3,2 em Mauá), entre a Av. Ragueb Chofi e a Av. Papa João XXIII, incluindo o Viaduto Juscelino Kubitschek, e se ligará ao Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas. A previsão é de que fique pronto em março de 2010, ao custo de R$ 1,43 bilhão, a maior parte (R$ 1,14 bilhão) provenientes dos cofres do Estado e o restante da prefeitura da capital.

Duplicação da Papa João XXIII  – Com uma extensão aproximada de 3,3 km, a obra parte do final do Rodoanel Sul (interligação) e chega até o viaduto da Avenida Presidente Juscelino Kubitschek (final do trecho sul da Jacu Pêssego). Deve ficar pronta em março de 2009 e terá um orçamento de cerca de R$ 80 milhões.

“A medida dá mais fluidez ao trânsito”, resume o gerente de obras da Dersa, Pedro da Silva. A complementação da extensão norte do complexo, trecho de aproximadamente 5,1 quilômetros, que vai interligar a região metropolitana às rodovias Ayrton Senna e Dutra e ao Aeroporto de Cumbica, está sob responsabilidade da prefeitura de Guarulhos.

Manoel Schlindwein

(I.P.)