O Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) visa, além das políticas agrária e fundiária do Estado de São Paulo, a implantação de programas de capacitação aos trabalhadores rurais, famílias assentadas e comunidades de quilombos.
A ampliação de acesso dos jovens assentados aos cursos técnicos é um assunto que recebe atenção permanente do Itesp. A Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec), por exemplo, conclui este mês o processo de inscrição do Curso de Agroecologia e Legislação Ambiental para assentados em Presidentes Prudente.
O diretor executivo do Itesp, Gustavo Ungaro, começou também a contratação dos aprovados no concurso público ocorrido no final do ano passado. Inicialmente, a convocação foi para que 40 aprovados em diversas áreas se apresentassem, indicando o interesse nas vagas e iniciando o processo de contratação. Esta é a primeira fase de contratação, que deve se estender ao longo deste semestre, para a reposição dos cargos vagos. Os novos servidores irão atuar não só na sede, em São Paulo, mas também nos escritórios distribuídos em todo o Estado.
O Itesp iniciou também o projeto de criação de peixes nas comunidades quilombolas Galvão, Poça, Maria Rosa e Pilões, nos municípios de Iporanga e Eldorado, região do Vale do Ribeira. O fortalecimento da piscicultura no Vale do Ribeira é uma parceira entre a Fundação Itesp e Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – Apta, tendo como agência financiadora o CNPq.
Embora isso seja novidade nestas quatro comunidades, a criação de peixes já é uma experiência bem-sucedida em outros núcleos remanescentes de quilombos. Os moradores de São Pedro, por exemplo, no município de Eldorado, incorporaram ao cardápio o filé de tilápia há cerca de dois anos. Até o momento, o projeto deu certo, tanto para o Itesp, que disponibiliza as condições de viabilização do projeto, mas também para a população local, que reforça o cardápio e obtém uma nova fonte de renda.
