Itesp faz intercâmbio de famílias assentadas em SP

Reunião envolveu 40 pessoas de Orlando Molina, Santa Cristina e 2 Irmãos, de Murutinga do Sul e Belo Monte

seg, 07/01/2008 - 15h10 | Do Portal do Governo

Um grupo de 40 pessoas dos assentamentos Orlando Molina, Santa Cristina e 2 Irmãos, de Murutinga do Sul, e do assentamento Belo Monte, de Andradina, esteve recentemente em Promissão para conhecer as boas experiências do assentamento Reunidas, que está fazendo escola na área do agronegócio.

Na Bemacla, que produz doces (de leite, de abóbora etc.), o grupo de visitantes conheceu o processo de funcionamento da agroindústria de doces e as normas da legislação sanitária, conforme explicações do técnico da área, Nelson Moreira de Barros.

Bernadete, uma faz fundadoras – como atesta a sílaba inicial da sigla – fez um relato sobre a trajetória da Bemacla, suas dificuldades, conquistas e planos para o futuro, destacando o apoio da Fundação Itesp, órgão da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, e de outras instituições desde o início do projeto. A Bemacla é hoje um exemplo de agregação de valor ao trabalho rural nos assentamentos.

A segunda experiência foi na padaria da Cida, na agrovila de Penápolis, que enfatizou a importância da capacitação contínua e da diversificação dos produtos para o sucesso do negócio: “O segredo é fazer tudo com amor e procurar melhorar cada dia mais. São dez anos desde que começamos e nada caiu do céu. Tudo foi conquistado como muito trabalho, dedicação, pois não abro mão da qualidade”.

Hoje, Cida é obrigada a recusar encomendas por não conseguir atendê-las, já que toda a produção é vendida nas cidades de Promissão e Avanhadava. Os técnicos de Andradina que acompanharam a visita, Aparecido de Andrade e Rosilva Brito, acreditam que todo o grupo tenha saído do Reunidas com outra cabeça.

Para Eliane Aparecida Krader Muniz, do Grupo de Mulheres do assentamento Belo Monte, de Andradina, que também trabalha com panificação há dois anos, a visita permitiu ampliou sua visão sobre a forma de trabalho e de comercialização. Já para Miriam Palermo Mazziero, do assentamento Santa Cristina, em processo de implantação no município de Murutinga do Sul, a visita foi crucial para incentivar quem está começando: “É importante conhecer experiências bem sucedidas, apesar das dificuldades iniciais”.

Uma terceira experiência foi objeto de exame do grupo, no lote do casal Márcio Garcia e Fabiana, na agrovila de José Bonifácio. Trata-se de um exemplo de diversificação. Eles cultivam mandioca, café, quiabo, mantêm uma horta, plantam eucalipto, criam carneiros (que receberam por meio de um programa do Itesp), vacas.

Mais: recentemente, investiram na criação de frango de corte, integrada à indústria Frango Sertanejo; já produzem 15 mil frangos, que garantem uma renda de R$ 3000,00 a cada 45 dias. Os visitantes ficaram impressionados com a dedicação do casal ao trabalho e com a organização do lote. Com isso, Márcio e Fabiana garantem uma qualidade de vida difícil de ser encontrada na cidade.

Sônia Maria de Oliveira, técnica de promissão, acredita que “a visita técnica é um recurso impressionante no trabalho de Ater”, porque os participantes podem compartilhar experiências, observar realidades diversificadas, fazer comparações e vislumbrar outras oportunidades. “É um aprendizado que vem da realidade e os visitantes sempre saem motivados”, concluem Sonia e seu colega Nelson.

Da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania